BB Investimentos analisa resultados de 3T13 de Cielo
CIEL3
Preço em 04/11/2013 R$ 68,70
Preço para 12/2014 R$ 76,80
Upside 11,8%
Cielo é o limite
Nos últimos três anos, a Cielo vêm performando acima do Ibovespa. Em 2011, a valorização foi de 53,3%, em 2012, 47,7%, enquanto que em 2013, a ação apresenta ganhos superiores a 60% em relação ao índice doméstico, com valorização de 51% contra retração 12% do Ibovespa.
A Cielo reportou novamente um resultado robusto com o lucro líquido chegando a R$ 689 milhões, avanço de 10,7% T/T, o maior avanço trimestral desde o 1T12. O resultado da companhia foi beneficiado pelo avanço de 16,9% T/T na receita líquida de antecipação de recebíveis, onde o volume financeiro de transações antecipadas chegou a 16,6% do volume total de crédito, o maior patamar desde o início do produto.
As linhas de despesas continuam apresentando evolução acima da média no comparativo com o ano anterior, impactadas pela consolidação da operação da Merchand e-Solution (Me-S), que ocorreu no 4T12.
Custos
As despesas operacionais ficaram em R$ 250,0 milhões, um avanço de 6,2% T/T e de 28,5% A/A, impactadas pelo aumento não recorrente das outras despesas operacionais, que subiram 29,1% T/T por conta da revisão dos critérios de recuperação de saldos e aumento no valor de créditos incobráveis.
Segundo o management, este aumento ocorreu em função de fraudes que foram detectadas pela empresa no 3T13, que já foram regularizados, e para os próximos trimestres as despesas classificadas como outras despesas operacionais deverão retornar à normalidade.
Cenário competitivo
A Cielo conseguiu manter o market share de 53,5% sobre seus dois principais concorrentes. A Rede (ex-Redecard) viu sua participação de mercado recuar 30 bps, enquanto o Santander/GetNet avançou os mesmos 30 bps no 3T13 e, conforme prevíamos, está ganhando mercado sobre a Rede. Esperamos uma maior competição em 2014, tanto da Rede quanto do Santander/GetNet. A Rede após reposicionamento da marca está contratando colaboradores para sua força de vendas, enquanto o Santander pretende finalizar o processo de compra da GetNet até o final de 2013.
Marco regulatório
Ontem, o Bacen e o Conselho Monetário Nacional divulgaram duas resoluções e quatro cartas circulares que, conforme já era esperado pelo mercado, instituem regras para atuação no mercado de meios de pagamentos.
Estas regras procuram basicamente garantir a interoperabilidade do sistema e também mitigar o risco, pois foram definidos limites mínimos de capital necessários para atuação em qualquer elo da cadeira de meios de pagamento.
É aguardada a definição sobre o fim das exclusividades ainda existentes entre bandeiras e adquirentes para os próximos 180 dias. Estas medidas regulatórias não há trazem impactos significativos para a Cielo, pelo contrário, pois, em um mercado onde as regras estão bem definidas, a tendência é que, principalmente o mercado de pagamentos móveis, se desenvolva com maior rapidez.