A projeção de instituições financeiras para a inflação medido pelo IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, em 2014, ficou praticamente estável, ao variar de 6,01% para 6,02% (terceira alta seguida).
Para 2015, houve alta pela segunda semana consecutiva – a previsão passou de 5,60% para 5,70%. Os números fazem parte do Relatório Focus, pesquisa semanal do Banco Central, divulgada todas as 2ªs feiras, com base em estimativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos do país.
As projeções para a inflação estão distantes do centro da meta de 4,5%, mas abaixo do limite superior, de 6,5%. É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.
Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. No último dia 15, o COPOM Comitê de Política Monetária do BC anunciou novo ajuste na taxa SELIC, de 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano.
Para as instituições financeiras, o COPOM seguirá aumentando a taxa básica. A previsão é que a SELIC esteja em 11% ao ano, no final de 2014. A previsão da semana passada era 10,75% ao ano. Para 2015, a projeção continua 11,5% ao ano.
A pesquisa do BC também traz a mediana (desconsidera os extremos das projeções) das expectativas para a inflação medida pelo IPC-Fipe Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, que passou de 5,45% para 5,50%, este ano. Para 2015, permanece a estimativa de 5,50%.
As projeções para o IGP-DI Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna não foram alteradas: 5,90%, em 2014, e 5,50% no próximo ano. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as projeções permanecem em 5,96%, este ano, e em 5,50%, em 2015.
Também não houve alteração na estimativa para os preços administrados: 4% este ano e 5% em 2015. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.