Levantamento da consultoria Safras & Mercado estima em 5% a quebra das lavouras de milho e soja
O tempo seco e quente em vários Estados agrícolas do Brasil e o excesso de chuva em Mato Grosso, maior produtor brasileiro de grãos, reduziram a safra nacional 2013/14 de soja e milho em 10 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado divulgado na última 6ª feira, 28/2.
O volume representa aproximadamente 5% da estimativa de safra de grãos e oleaginosas do país, de 193,6 milhões de toneladas, anunciada no início de fevereiro pelo Ministério da Agricultura, quando os efeitos do clima adverso ainda não tinham sido considerados.
A produção brasileira de soja, estimada em janeiro pela Safras em 91,80 milhões de toneladas, foi reduzida para 86,14 milhões de toneladas, ou uma queda de 5,66 milhões de ton.
Já a colheita total de milho foi prevista agora em 71,16 milhões de ton., baixa de 4,43 milhões ante a projeção do mês passado.
No Paraná, segundo produtor nacional de soja, o recuo considerando apenas a oleaginosa será de 1,74 milhão de toneladas.
O Estado de São Paulo, maior produtor de cana e laranja do Brasil -- que também deve registrar perdas importantes nessas duas culturas --, foi outro Estado com relevantes prejuízos em soja e milho, assim como Minas Gerais, maior produtor de café, cultura também afetada pelo clima.
Segundo a Safras, São Paulo teve um recuo de 1,34 milhão de toneladas na primeira colheita de milho e 410 mil toneladas de soja --1,75 milhão, ao todo. Minas, disse a consultoria, perdeu 1,6 milhão de toneladas de milho e 190 mil toneladas de soja.
São Paulo, Minas Gerais e Paraná fecharam janeiro com índices de chuva abaixo da média histórica. Em fevereiro, a situação não teve muito alívio.