Dispêndio do Governo compensará gastos estraordinários e de curto prazo dessas empresas, havidos pela grande elevação no custo da energia no mercado atacadista de energia, os quais não podem ser repassados aos consumidores, e também pelo acionamento de usinas termelétricas
O Tesouro Nacional decidiu antecipar R$ 1,2 bilhão para as concessionárias de distribuição de energia elétrica até a próxima 3ª feira, 11.03, para neutralizar as despesas das empresas.
A informação foi dada na 6ª feira, 07.03, pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. Os recursos são uma antecipação do orçamento de R$ 9 bilhões, previsto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Além do custo mais alto da energia com o uso de termelétricas, as distribuidoras não conseguiram contratar toda a eletricidade necessária nos últimos leilões do governo, por falta de oferta, e por isso precisaram comprar energia no mercado de curto prazo, que custa mais caro, para abastecer os consumidores. O prazo para as distribuidoras pagarem as garantias no mercado de curto prazo vence na próxima 3ª feira, 11.03.
Segundo a nota divulgada hoje, o governo avalia as alternativas de solução para os problemas enfrentados pelo setor elétrico, mas não informou se pretende emitir títulos da dívida pública ou abrir crédito especial no Orçamento.
O texto diz que o governo deve anunciar as devidas providências, “com a brevidade que o caso requer”, até o dia 9 de abril, que é a data que as distribuidoras devem fazer a liquidação financeira no mercado de curto prazo.
No ano passado, o governo também autorizou aporte de recursos na CDE, para diluir o impacto dos custos adicionais com o acionamento das usinas termelétricas, que produzem energia mais cara.
As usinas foram acionadas por causa do período de poucas chuvas e a baixa no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
A CDE é um fundo do governo federal, usado para universalizar a energia elétrica no País e financiar a redução na conta de luz dos brasileiros.