Parceria do Rotary Clube Butantã com psicólogos deve gerar frutos nesta quinta (24). Sensibilizados com as recentes catástrofes que abalaram a região serrana do Rio de Janeiro, rotarianos e profissionais de psicologia realizam assembleia de fundação da ABRAPAHP – Associação Brasileira do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica, voltada para ajuda psicológica em situações de calamidades públicas.
No próximo dia 24 (quinta), às 20h, acontece a assembleia de constituição da ABRAPAHP – Associação Brasileira do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica. O evento, aberto a todos os interessados, acontece na churrascaria Búfalo Branco, localizada à avenida Professor Francisco Morato, 2802, Butantã, na região Oeste de São Paulo.
A ABRAPAHP ou Associação de “Psicologia pela Humanidade” será uma entidade de âmbito nacional, sem fins lucrativos, fundada com a finalidade de congregar pessoas físicas e jurídicas, com o intuito de promover ajuda humanitária psicológica às pessoas vítimas de catástrofes naturais. A instituição também deverá sugerir e trabalhar, em conjunto com o poder público, na execução de projetos voltados para a criação de núcleos de atividades em quaisquer regiões do País.
Serão votados assuntos pertinentes à administração da nova Associação, tais como a eleição dos representantes da diretoria Executiva e dos membros dos conselhos Consultivo e Fiscal, além de discussão sobre estratégias desenvolvidas para o “Programa de Ajuda Humanitária Psicológica” e outros específicos a serem propostos. A assembleia também decidirá as prioridades que devem ser observadas na promoção da saúde mental e na execução das atividades da instituição.
Para os mentores e criadores do projeto Reinaldo Franco e Ana Zampieri, fundadores da ABRAPAHP, a iniciativa visa sensibilizar a população e conscientizá-la para as práticas humanitárias. “Vamos reunir e incentivar profissionais, empresas e instituições a se capacitarem para melhorar as condições de estresse das vítimas em catástrofes naturais, como enchentes e deslizamentos, terremotos, incêndios, acidentes aéreos de grandes proporções, tsunamis, atos terroristas, entre outros.
Como surgiu a “Psicologia para a Humanidade”
Os efeitos mentais de uma catástrofe podem acarretar estresses pós-traumáticos com sequelas altamente danosas ao desenvolvimento das futuras gerações. Cerca de 20% dos pacientes não conseguem superar o transtorno de estresse pós-traumático, apresentando sintomas como ansiedade e depressão até três anos após a tragédia. Esses eventos podem ser potencializados com as mazelas sociais da pedofilia, do abuso sexual intrafamiliar, das agressões dos mais diversos níveis, do abandono das crianças, do desligamento social dos adultos, do descaso com as atividades cotidianas, da desestruturação da família, do desaparecimento das perspectivas de futuro e sonhos aos jovens.
O Rotary, em sua missão de promover a paz e a compreensão mundiais, vem lutando há 106 anos na construção de um mundo melhor e, ao constatar tal contexto, deixou de ser apenas um expectador passivo e passou a apresentar-se como protagonista na proposição de soluções que possam, a seu tempo e hora, minimizar tais efeitos danosos, encaminhando ações e mobilizando os recursos necessários a esse fim.
Um conjunto de aglutinamento de fatores e energias, num ciclo virtuoso de boas intenções, fez nascer o “Programa de Ajuda Humanitária Psicológica - PAHP”, que de forma modesta e pioneira, quer contribuir para uma mudança dos cenários citados.
Esse programa já ajudou vítimas nas cidades de Blumenau, Ilhota e Gaspar (SC); São Luís, Rosário, Pedreiras, Trizidela do Vale (MA), em Santana de Parnaíba (SP); em Niterói e Nova Friburgo (RJ) e Cariacica (ES).
Os atendimentos e intervenções são planejados com as lideranças e autoridades locais, a partir da identificação das regiões e localidades mais afetadas pelas catástrofes, limitadas pela capacidade de atendimento dos grupos de trabalho voluntários.
Assim surgiu a idéia de se formar uma associação de “Psicologia para a Humanidade” para capacitação de profissionais para atendimento da saúde mental das populações atingidas por calamidades e na prevenção dos malefícios do estresse pós-traumático e das consequências emocionais dessas tragédias.
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Fevereiro 2011 - Jornalista responsável: Clarice Pereira (MTb 15.778)
Fonte: LINK Portal da Comunicação
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