Fundada em 24 de fevereiro, a ABRAPAHP – Associação Brasileira do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica constituiu sua primeira diretoria. O presidente executivo eleito para a gestão 2011-2014 foi Reinaldo Franco e a profa. dra. Ana Maria Fonseca Zampieiri foi escolhida como a presidente de honra da entidade.
O Rotary Clube Butantã acaba de lançar a ABRAPAHP – Associação Brasileira do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica, uma entidade humanitária que tem como objetivo proporcionar ajuda psicológica às populações vitimadas por catástrofes naturais, como as recentes enchentes da região serrana do Rio de Janeiro.
Para encabeçar a primeira diretoria executiva da ABRAPAHP, Reinaldo Franco, sócio do Rotary Clube Butantã, foi eleito juntamente com os respectivos diretores e conselheiros fiscais. “Vamos procurar oferecer o bom serviço àquelas pessoas que precisam de nós”, salientou. “Daremos tudo de nós para socorrer as vitimas das enchentes e catástrofes naturais, as quais, infelizmente, o Brasil tem sido acometido. Nossa certeza é de que, com a fundação da ABRAPAHP, passamos a ser titulados, capacitados. Agora temos uma identidade e um passaporte para nos credenciar e ir aonde quer que precisem de nós para prestarmos nossos serviços”, afirmou.
A ABRAPAHP deverá trabalhar em conjunto com autoridades públicas, pessoas físicas e jurídicas, nacionais e internacionais, para capacitar todos os psicólogos da rede pública, de forma levar ajuda humanitária às vítimas de catástrofes, como enchentes e deslizamentos, terremotos, incêndios, acidentes aéreos de grandes proporções, tsunamis, atos terroristas, entre outros.
“A união da psicologia com essa matriz nutridora que é o Rotary foi um dos casamentos mais perfeitos dos meus quase 40 anos de profissão”, revela a professora doutora Ana Maria Fonseca Zampieri, psicóloga responsável pelo abrasileiramento das técnicas do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica, criado pela pesquisadora americana Francine Shapiro, a partir da guerra do Vietnã. Desde 2008, Zampieri executa um trabalho voluntário com grupos de psicólogos, propondo fazer um atendimento às pessoas em regiões afetadas por desastres, para que elas não sofram consequências traumáticas.
Não sem motivo, os fundadores da “Associação de Psicologia pela Humanidade” a escolheram, por unanimidade, como presidente de honra da ABRAPAHP. Para a psicóloga, que também acumulará o cargo de diretora científica da entidade, “se as pessoas pobres tivessem como se prevenir dos efeitos da Síndrome do Estresse Pós-Traumático, que podem se manifestar até 4 meses depois dos impactos ocasionados por perdas advindas das tragédias, a reconstrução desses cenários catastróficos seria muito mais eficiente”, justifica.
Os atendimentos e intervenções são planejados com as lideranças e autoridades locais, a partir da identificação das regiões e localidades mais afetadas pelas catástrofes, limitadas pela capacidade de atendimento dos grupos de trabalho voluntários.
A ABRAPAHP já tem previsto, para o mês de julho, um congresso em São Paulo para a capacitação de 1000 psicólogos nas técnicas propostas pelo Programa de Ajuda Humanitária Psicológica (PAHP). O programa, que hoje conta com 251 psicólogos capacitados em todo Brasil, já ajudou 6900 vítimas nas cidades de Blumenau, Ilhota, Guaraciaba e Gaspar (SC); São Luís, Rosário, Pedreiras, Trizidela do Vale (MA), em Santana de Parnaíba (SP); em Niterói e Nova Friburgo (RJ).
Para associar-se à ABRAPAHP, basta entrar em contato pelo e-mail: secretaria@rotarybutanta.org.br. A anuidade é de R$ 300,00, sendo 6 parcelas de R$ 50,00 .
Como surgiu a “Psicologia para a Humanidade”
Os efeitos mentais em uma catástrofe podem acarretar estresses pós-traumáticos com sequelas altamente danosas ao desenvolvimento das futuras gerações. Cerca de 20% dos pacientes não conseguem superar o transtorno de estresse pós-traumático, apresentando sintomas como ansiedade e depressão até três anos após a tragédia. Esses eventos podem ser potencializados com as mazelas sociais da pedofilia, do abuso sexual intrafamiliar, das agressões dos mais diversos níveis, do abandono das crianças, do desligamento social dos adultos, do descaso com as atividades cotidianas, da desestruturação da família, do desaparecimento das perspectivas de futuro e sonhos aos jovens.
O Rotary, em sua missão de promover a paz e a compreensão mundiais, vem lutando há 106 anos na construção de um mundo melhor e, ao constatar tal contexto, deixou de ser apenas um expectador passivo e passou a apresentar-se como protagonista na proposição de soluções que possam, a seu tempo e hora, minimizar tais efeitos danosos, encaminhando ações e mobilizando os recursos necessários a esse fim.
Um conjunto de aglutinamento de fatores e energias, num ciclo virtuoso de boas intenções, fez nascer o “Programa de Ajuda Humanitária Psicológica - PAHP”, que de forma modesta e pioneira, quer contribuir para uma mudança dos cenários citados.
Assim surgiu a ideia de se formar uma associação de “Psicologia para a Humanidade” atender as vítimas de calamidades e para promover a capacitação de profissionais para atendimento da saúde mental das populações atingidas por calamidades e na prevenção dos malefícios do estresse pós-traumático e das consequências emocionais dessas tragédias.
A Associação Brasileira do Programa de Ajuda Humanitária Psicológica (ABRAPAHP) foi fundada em 24 de fevereiro de 2011.
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Fevereiro 2011 - Jornalista responsável: Clarice Pereira (MTb 15.778)
Fonte: LINK Portal da Comunicação
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