Contribuintes das maiores alíquotas de IPTU, os moradores do Residencial Parque dos Príncipes, na zona Oeste de São Paulo, carecem de asfalto em algumas das vias do bairro.
Em dias de tempo seco, o aumento de poeira tem causado vários inconvenientes, principalmente para a saúde dos moradores. A APRPP – Associação dos Moradores do Residencial Parque dos Príncipes reivindica junto à prefeitura a pavimentação das ruas sem asfalto e a cobertura de buracos nas vias do Residencial.
Já não bastassem os problemas com o aumento de assaltos no Residencial Parque dos Príncipes, os moradores enfrentam dificuldades com a falta de pavimentação em suas vias. Na principal avenida do bairro, a Darcy Reis, existem trechos de terra batida e outros com asfalto fresado moído (asfalto velho retirado da rua). Diversas vias estão esburacadas e não recebem a devida atenção da Prefeitura.
A Associação dos Moradores do Residencial Parque dos Príncipes (APRPP) quer que as autoridades competentes resolvam a situação. “Cidadãos, como nós, que pagam os seus impostos corretamente, têm o direito de contar com o apoio do poder público. Nós do Parque dos Príncipes, ao invés de boas vias, encontramos situações precárias de infraestrutura”, desabafa Reinaldo Franco, presidente da entidade.
Segundo ele, para amenizar o descaso com as ruas do bairro ao qual se paga IPTU de alto padrão, a Prefeitura tem jogado, nas vias do Parque, raspas de asfaltamentos deteriorados que deveriam ser destinados à reciclagem. “O asfalto fresado moído não deve ser usado na cobertura das ruas porque a passagem dos veículos faz com que a poeira altamente tóxica aumente. Nos dias secos, este pó venenoso penetra no aparelho respiratório das pessoas e no período de chuva é arrastada para os cursos d’água, contaminando o meio ambiente”, comenta.
Uma das vítimas da poeira tóxica é a empresária Alessandra Calderaro, moradora há mais de três anos na avenida Darcy Reis. Ela relata que enfrenta problemas desde a compra da casa. “A poeira está prejudicando o meu tratamento de saúde e faz com que eu fique trancada na minha residência, com medo de inalar essa substância tóxica. Meu marido também piorou da rinite alérgica”, reclama. “No meu dia a dia, não posso sequer usar a área externa do meu imóvel. Nos dias secos, o inconveniente é agravado pelo pó levantado”, relata.
De acordo com Alessandra, recentemente houve um novo o despejo de asfalto fresado no Parque dos Príncipes, o que levou o entupimento de bueiros, acúmulo de água e destruição de algumas guias da calçada. “Quando o caminhão da Prefeitura passa espalhando os resíduos de asfalto, ao invés de melhorar, o efeito é contrário, a sujeira fica acumulada na beirada das vias”, protesta. “Já fiz vários pedidos à Prefeitura para resolver a questão da pavimentação do bairro e até agora não tive resposta”, informa.
Outro fator agravante é aumento de fluxo de carros, principalmente nos horários de entrada e saída dos estudantes do Colégio Albert Sabin, na mesma avenida, onde estudam perto de 3.000 alunos. “A poeira é tão forte que nem mesmo dentro de casa estou livre, os móveis ficam com uma camada grossa preta”, explica.
Alternativa
Na falta de recursos financeiros para o asfaltamento de vias de pouco tráfego, Winfried Ludewig, diretor de Comunicações da APRPP e morador há 17 anos da região sugere como alternativa de baixo custo para a eliminação da poeira o uso do “Agente Antipó”. O material desenvolvido pela Petrobrás a partir do óleo de xisto que é amplamente usado em numerosos municípios para eliminar os problemas de lama e poeira em ruas e estradas de terra. O Agente Antipó é aplicado diretamente sobre a terra compactada, desde que ela tenha pelo menos 10% de arenosidade. Caso necessário, mistura-se areia ou pó de pedra para formar uma camada impermeável.
Segundo Ludewig, entre as vantagens de sua utilização estão: melhora no acesso; aumento da segurança da via; redução de custos com mão de obra, equipamentos e economia na manutenção; facilidade e agilidade na aplicação; e é ecologicamente correta. “Mas na avenida Darcy Reis, no trecho diante do Colégio Albert Sabin, com tráfego várias vezes superior a 500 veículos/dia, a única solução admissível é a pavimentação convencional” ressalta. “Espero que seja tomada atitude de nossas autoridades o quanto antes para que o problema não piore ainda mais”, acrescenta.
Fonte: LINK Portal da Comunicação
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