Economia subterrânea deve atingir R$ 830 bilhões em 2014, diz Etco
A participação da economia subterrânea brasileira no PIB – aquela em que a produção de bens e serviços – não é reportada ao governo deve alcançar 16,2% este ano, o que representaria queda de 0,1 ponto percentual na comparação com 2013.
Isso é o que revelou o Índice de Economia Subterrânea, divulgado nesta 4ª feira, 12.11, pelo ETCO Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e pelo FGV IBRE Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.
Em valores absolutos, a estimativa é de que o índice supere R$ 830 bilhões em 2014. Segundo os pesquisadores do índice, esse dado indicaria maior lentidão na redução da informalidade no País e foi impactado pelo baixo crescimento da economia.
“A economia está desacelerando, assim como o crédito, e o emprego cresceu pouco. Isso tem impacto direto no trabalho formal, que naturalmente cai, cedendo espaço à informalidade”,
disse Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV-Ibre. Para o pesquisador, nem mesmo a implantação da Medida Provisória 615/13, que estende desonerações para novas atividades, irá modificar o cenário.
“O alívio da carga tributária já atingiu a maior parte dos setores e seus efeitos já foram captados”,
disse.
Para o presidente-executivo do Etco, Evandro Guimarães, as desonerações devem passar a ser analisadas sob uma ótica mais duradoura.
“É o momento de levar a cabo a tão esperada simplificação tributária, de modo que a desoneração atinja de forma mais ampla os setores produtivos da economia”,
disse.