Projetos eólicos ofereceram a energia mais barata, a R$136,00 por MWh; em seguida, PCH, a R$161,89; as usinas térmicas à biomassa, entre R$ 207,11 e R$ 202,45; a carvão mineral, R$ 201,88;e gás natural, a R$ 205,64 por MWh.
Terminou por volta das 13h desta 6º feira, 28.11, o 20º leilão para contratar energia de hidrelétricas, usinas eólicas, solares e termelétricas movidas a carvão, gás natural e biomassa, promovido pela ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que operacionalizou o leilão, 51 usinas foram vencedoras do certame, com 4.979.828 megawatts (MW) de potência contratada, garantindo a capacidade de transmissão de 2.900,900 MW médio (MWm).
O custo marginal de referência do leilão foi R$ 209 por megawatt-hora (MWh) e o preço médio de venda alcançado foi R$196,11. O montante negociado chegou a 583.850.275,200 MWh e o contratado foi 2.742,500 MWm. Foram contratados 27.425 lotes.
O valor financeiro movimentado no certame foi R$ 114.496.330.767,96, gerando economia de R$ 2.008.071.876,84, com deságio de 1,72%.
A energia negociada terá início de suprimento em janeiro de 2019. Para as termelétricas (carvão, gás natural em ciclo combinado e biomassa) e para a fonte eólica, os contratos de compra e venda serão na modalidade por disponibilidade.
No primeiro caso, o prazo de suprimento é 25 anos e no segundo, 20 anos. Os empreendimentos hidrelétricos, por sua vez, serão na modalidade por quantidade, com prazo de 30 anos.
De acordo com o diretor da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, o resultado do leilão foi um sucesso, com investimentos importantes. Ele ressaltou que um terço dos investimentos está no Rio Grande do Sul e outra parte importante, em Pernambuco – os estados que se destacam.
“Em termos de parques instalados, a Bahia tinha o maior número de usinas habilitadas e terá o maior número de empreendimentos a serem implantados.”
Pepitone ressaltou que 2014 foi o ano em que mais se agregou energia elétrica ao SIN Sistema Interligado Nacional. Os dados indicam que até 15 de novembro foram agregados à matriz elétrica 6.323 MW de potência instalada. Desses, 43% são oriundos de usinas hidrelétricas.
No caso da energia eólica, foram agregados 2.138 MW de potência instalada, o que corresponde a 33% da energia que agora faz parte do SIN.
Com relação às termelétricas, as de combustível fóssil totalizaram 388 MW, as de biomassa, 982 MW, e a PCH, 72 MW“.
“Nossa expectativa é agregar até 31 de dezembro mais 1.200 MW, uma quantidade grande a ser disponibilizada ao SIN. Para ter uma média, de 2004 a 2014, estamos ampliando em 3,86% em termos de potência instalada”,
disse Pepitone.
O certame possibilitou a contratação de energia de pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e termelétricas (carvão, biomassa ou gás natural em ciclo combinado).
O preço médio da energia negociada no certame ficou em R$ 196,11 por MWh (reais por megawatt-hora), o que ocasionou um deságio médio de 1,72% em relação ao preço inicial de R$ 209 por MWh.
Venderam energia no leilão 51 empreendimentos localizados nos estados do Amazonas, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Ao todo 12 térmicas, três pequenas centrais hidrelétricas e 36 eólicas negociaram energia no certame.
Preços da energia de cada fonte de energia
As pequenas centrais hidrelétricas tiveram preço médio de venda de R$ 161,89 por MWh. Para as usinas térmicas o preço variou de acordo com o combustível: biomassa ficou em R$ 207,11 por MWh e R$ 202,45 por MWh, carvão mineral ficou em R$ 201,88 por MWh e gás natural ficou em R$ 205,64 por MWh. Por fim, o preço médio de venda da energia para as eólicas foi R$ 136 por MWh.