Bolsas
O Ibovespa, após queda superior a 4% ontem, abriu em alta, apoiado nos futuros positivos dos índices das bolsas de Nova York.
Todavia, antes de meia hora de negócios, passou a arrefecer, possivelmente com algum resquício da pressão vendedora da véspera e após o meio dia passou a oscilar ao redor da estabilidade. Na hora final, as trajetórias baixistas de Petrobras, Vale e do setor de bancos derrubaram o índice. Obs.:
A 1ª prévia da carteira teórica do Ibovespa, que vigorará de janeiro até abril de 2015, mostrou a entrada de Multiplan ON (MULT3) e a saída de Eletropaulo PN (ELPL4).
Resumidamente, a volatilidade tem aumentado nas semanas de divulgações da criação de vagas na economia (payroll) dos EUA.
Ainda mais agora, caso seja ratificada a melhoria do mercado de trabalho norte-americano, poderá influenciar a decisão de política monetária do Fed, no próximo dia 17 de dezembro, abrindo espaço para alguma sinalização sobre o fim do período prolongado de taxa de juros baixa (considerable time).
No índice, os setores com mais fracos desempenhos foram: Bancos; Siderurgia/Mineração; Petróleo/Petroquímico; e Infraestrutura.
Destaques individuais negativos ponderados para: ITUB4 (R$36,42; -1,51%; giro de R$443 milhões); PETR4 (R$12,13; -1,54%; giro de R$478 milhões); BBDC4 (R$36,83; -1,71%; giro de R$265 milhões); ABEV3 (R$15,7; -1,94%; giro de R$272 milhões); VALE5 (R$18,74; -2,40%; giro de R$302 milhões); e VALE3 (R$21,65; -2,57%; giro de R$136 milhões).
O índice doméstico fechou aos 51.612 pts (-1,27%), acumulando -5,69% no mês, +0,20% no ano e +0,72% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$6,06 bilhões (R$5,86 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$4,89 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou entrada de capital externo de R$17,101 milhões no último dia 28, fechando novembro com ingresso de R$1,677 bilhão no mês (-R$967,101 milhões em outubro; +R$4,225 bi em setembro; +R$1,917 bi em agosto; +R$3,482 bi em julho; +R$1,374 bi em junho; +R$5,321 bi em maio) e acumulando R$22,564 bilhões em 2014.
Dólar
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,57340 (+0,82%), acumulando +0,27% na semana, +0,27% no mês, +9,25% no ano e +9,16% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas tornaram a avançar, elevando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros, reduzindo novamente a inclinação negativa da parte longa, a partir do DI abr/16 - que é seu ponto de inflexão.
Indicadores.
No Brasil, a produção industrial (sazonalmente ajustada) permaneceu estável em outubro, versus -0,2% em setembro – consenso de mercado em +0,3%. Já em comparação com outubro de 2013, variou -3,6%, ante (-2,1% setembro-14 / setembro-13) - consenso em -3,0%. Assim, o indicador passou a acumular -3,00% em 2014 e -2,6% nos últimos 12 meses.
Agenda da semana (vide página 3)
No Brasil, produção industrial e utilização da capacidade CNI (02.12), Copom - taxa Selic (03.12), produção, vendas e exportações de veículos/Anfavea (04.12) e IGP-M e IPCA (inflação) (05.12);
nos EUA, vendas de veículos (02.12), ADP empregos privados, produtividade, custo de mão de obra e livro bege (3.12), dado de seguro-desemprego (4) e Payroll (criação vagas economia), taxa de desemprego, balança comercial e crédito ao consumidor (5.12);
na Alemanha, PMIs Serviços e Composto (03.12), PMI Varejo (04.12) e pedidos de fábrica (05.12);
na França, PMIs Serviços e Composto (03.12) e PMI Varejo e taxa de desemprego (04.12);
na Grã-Bretanha, PMIs Serviços e Composto (03.12) e Banco da Inglaterra (BoE) – taxa de juros (04.12);
na zona do euro, PMIs Serviços e Composto, vendas a varejo e PIB 3T14 (03.12) e PMI Varejo e BCE (Banco Central Europeu) – taxa de juros (04.12);
na China, PMI não manufatura, PMI Serviços HSBC e PMI Composto HSBC (02.12 - noite).
Confira no relatório anexo a análise da movimentação do mercado nesta 3ªfeira, 02.12, assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS