O Ibovespa, após cinco pregões consecutivos de baixas, deu repique hoje. Também, foi a primeira trajetória em que iniciou ascendente e se manteve nesta tendência até seu fechamento – primeiro oscilando ao redor dos 52 mil pts (+0,75%), até por volta de meio dia e meia, e acima desta pontuação a partir daí até o final do dia.
A melhoria do humor externo, com os índices de Nova York permanecendo em alta, com dados econômicos melhores do que as expectativas, e a percepção de mercado de uma postura firme do Copom, em sua decisão na noite de hoje sobre a taxa Selic, impulsionaram as compras.
Enfim, finalmente, um dia de reação parcial, apoiada nas positivas ações da Petrobras e do setor de bancos, que haviam sido os principais responsáveis pelas recentes quedas. Vale ressaltar que às 17h está marcada a divulgação do Livro Bege pelo Fed, com as condições atuais na economia norte-americana.
Obs.: A 1ª prévia da carteira teórica do Ibovespa, que vigorará de janeiro até abril de 2015, mostrou a entrada de Multiplan ON (MULT3) e a saída de Eletropaulo PN (ELPL4).
No índice, os setores com melhores performances foram: Petróleo/Petroquím.; Bancos; Agronegócios; e Siderurgia/Miner.
Destaques individuais positivos ponderados para: PETR4 (R$12,73; 4,95%; giro R$487 milhões); PETR3 (R$12; 5,26%; giro R$154 milhões); JBSS3 (R$11,77; 8,98%; giro R$81 milhões); ITUB4 (R$36,89; 1,29%; giro R$269 milhões); BBDC4 (R$37,45; 1,68%; giro R$134 milhões); BVMF3 (R$9,81; 2,4%; giro R$110 milhões); ITSA4 (R$10,02; 1,73%; giro R$185 MM);
O índice doméstico fechou aos 52.320 pts (+1,37%), acumulando -4,39% na semana (e no mês), +1,58% no ano e +3,92% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$4,92 bilhões (R$4,68 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$4,04 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou entrada de capital externo de R$125,827 milhões no último dia 1º dedezembro (+R$1,677 bi em novembro; -R$967,101 milhões em outubro; +R$4,225 bi em setembro; +R$1,917 bi em agosto;+R$3,482 bi em julho; +R$1,374 bi em junho; +R$5,321 bi em maio) e acumulando R$22,438 bilhões em 2014.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,5550 (-0,74%), acumulando -0,47% na semana (e no mês), +8,45% no ano e +7,49% em 12 meses. Nos juros futuros (DI), as taxas mais curtas encerraram em alta e as mais longas em baixa, refletindo os reposicionamentos de última hora dos agentes antes da decisão do Copom sobre a taxa Selic na noite de hoje.
Indicadores.
Nos EUA, a produtividade (não agrícola) registrou alta de 2,3% no 3T14, após ter subido 2,9% no 2T14. Já o custo de mão de obra recuou 1,0% no 3T14, depois de ter queda de -3,7% no 2T14 (dado revisto de -0,5%). A geração de empregos privados em novembro, mensurada pela ADP, registrou 208 mil postos de trabalho – consenso em 223 mil.
Agenda da semana
(vide página 3)
No Brasil, Copom - taxa Selic (3), produção, vendas e exportações de veículos/Anfavea (4) e IGP-M e IPCA (inflação) (5);
nos EUA, ADP empregos privados, produtividade, custo de mão de obra e livro bege (3), dado de segurodesemprego (4) e Payroll (criação vagas economia), taxa de desemprego, balança comercial e crédito ao consumidor (5);
na Alemanha, PMIs Serviços e Composto (3), PMI Varejo (4) e pedidos de fábrica (5);
na França, PMIs Serviços e Composto (3) e PMI Varejo e taxa de desemprego (4);
na Grã-Bretanha, PMIs Serviços e Composto (3) e Banco da Inglaterra (BoE) – taxa de juros (4);
na zona do euro, PMIs Serviços e Composto, vendas a varejo e PIB 3T14 (3) e PMI Varejo e BCE (Banco Central Europeu) – taxa de juros (4);
na China, PMI não manufatura, PMI Serviços HSBC e PMI Composto HSBC (2 - noite).
Confira no anexo o relatório completo sobre o comportamento do mercado neste 03.12.2014, assinado pelos analistas de investimentos Nataniel Cezimbra, CNPI, e Hamilton Moreira Alves, do BB Investimentos
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