Começou em 01.12, em Lima, no Peru. a COP-20, a 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
Reconhecida como “histórica para o Peru e crucial para o mundo” por Manuel Pulgar Vidal, presidente da conferência e ministro peruano do Meio Ambiente, a conferência recebe 10 mil delegados de 195 países.
Autoridades de todo o mundo vão tentar chegar a um consenso de objetivos e compromissos sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa, para combater as alterações climáticas e os fenômenos meteorológicos extremos.
“Queremos que esta seja a COP que coloque bases sólidas para o novo acordo climático global. Queremos que todos os países, sem exceção, cheguem a um acordo no relatório para demonstrar o nosso compromisso com a redução das emissões”,
disse Vidal na abertura do evento.
Anúncio Animador da Alemanha
A União Europeia destacou na 4ª feira, 03.12, em Lima, o anúncio da Alemanha de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, cortando a produção de dióxido de carbono entre 62 e 78 milhões de toneladas.
A chefe da delegação europeia à 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP-20), Elina Bardram, em entrevista coletiva, qualificou a decisão alemã como “muito animadora” para demonstrar que “as economias de baixo carbono têm sentido”.
A decisão alemã, considerou Elina, “demonstra que as grandes economias estão dispostas a fazer um esforço para ajudar a alcançar as metas de 2020”, quando a União Europeia quer cortar as emissões de gases em 40% em relação aos níveis de 1990.
A chefe da delegação, que estava acompanhada pelo representante de Itália, país que ocupa a presidência rotativa do Conselho Europeu, Roberto Binatti, defendeu as contribuições europeias para o combate às alterações climáticas.
Para Elina, o novo acordo mundial sobre as alterações climáticas, que está sendo negociado em Lima e deve ser aprovado em Paris, em 2015,
“deverá incluir objetivos de economia de baixo carbono, com cada país agindo em concordância com os seus recursos e as suas possibilidades”.
Em todo o caso, salientou,
“é decisivo que o acordo de 2015 inclua muitas ações em nível nacional para manter o aumento do aquecimento global abaixo dos 2ºC”, ponto a partir do qual se estima que as consequências mais extremas das alterações climáticas sejam irreversíveis”,
disse Elina.