Comportamento do Mercado Financeiro em 21.01.2015
O Ibovespa abriu em rápida ascensão e se manteve ao redor dos 48.500 (+1,55%), até por volta das 13h30min. A partir daí, mais uma vez, como o índice Dow Jones permanecia em campo negativo, o índice doméstico começou a arrefecer, chegando a ficar negativo por alguns minutos por volta das 16h, mas, reagiu e encerrou com pequena elevação.
Na hora e meia final de pregão a volatilidade de alguns papéis se elevou, destacadamente, aqueles de maiores pesos, bem como, o volume financeiro do dia deixou a desejar.
Resumidamente, a tônica tem sido acompanhar a trajetória do Dow Jones, após sua abertura em Nova York, ora com deslocamento positivo, ora negativo, e o giro financeiro tem sido aquém do desejável. Favoravelmente, o PIB da China veio acima das estimativas e especula-se que o BCE (Banco Central Europeu) poderá decidir pela implementação de uma rodada de estímulos, em seu encontro, na próxima 5ª feira, 22.01 – caso não ocorra, será uma “ducha de água fria” no mercado.
Amanhã o Copom decide sobre a taxa Selic, com a maioria dos agentes prevendo alta de 50 pontos-base, para 12,25% a.a. No índice, os setores com melhores desempenhos foram: Consumo; Infraestrutura; Construção Civil; e Telefonia.
Destaques individuais positivos ponderados para: ABEV3 (R$16,88; +1,44%; giro de R$117 milhões); ITSA4 (R$9,20; 2,00%; giro de R$186 milhões); PETR4 (R$9,32; 1,41%; giro de R$683 milhões); BRML3 (R$17,03; 6,44%; giro de R$58 milhões); BVMF3 (R$9,11; 1,79%; giro de R$163 milhões); e TIMP3 (R$11,90; 3,3%; giro de R$29 milhões).
O índice doméstico fechou aos 47.876 pts (+0,25%), acumulando -2,32% na semana, -4,26% no mês e -1,71% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$5,37 bilhões (R$5,16 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$4,51 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira teve saída de capital externo de R$96,099 milhões no dia 16, acumulando R$796,336 milhões em janeiro (+R$2,22 bi em dezembro; +R$1,68 bi em novembro; -R$0,97 bi em outubro; +R$4,23 bi em setembro; +R$1,92 bi em agosto; +R$3,48 bi em julho; +R$1,37 bi em junho; +R$5,32 bi em maio; e +R$1,936 bi em abril).
Câmbio
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,6160 (-1,28%), acumulando -0,19% na semana, -1,47% no mês e +11,84% em 12 meses.
O Banco Central informou que o fluxo cambial está negativo em R$2,405 bilhões no ano, até o dia 9 de janeiro (-US$9,29 bilhões em 2014; -US$12,26 bilhões em 2013 e +US$16,7 bilhões em 2012), com saída de US$2,325 bilhões no segmento financeiro e déficit de US$80 milhões na conta comercial.
Nos juros futuros (DI), as taxas caíram progressivamente da ponta mais curta para a mais longa, derrubando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros e sua inclinação.
Indicadores.
Na China, o PIB encerou 2014 em +7,4% (meta do governo em 7,5%) - consenso de mercado em +7,3%. As vendas a varejo acumularam +12% em 2014 – idem ao consenso. Já a produção industrial oscilou 8,3% em 2014 - consenso em +8,2%.
Agenda da semana.
No Brasil, decisão da taxa Selic (21) e criação de empregos formais (Caged), IPCA-15, saldo em conta corrente e investimento estrangeiro direto (23); nos EUA, construção e licenças de casas novas (21), dados de seguro-desemprego (22) e índice de atividade Fed Chicago, PMI Manufatura, vendas de casas usadas e índice antecedente (23); na Alemanha, na França e na zona do euro, PMIs manufatura, serviços e composto (23); na zona do euro, decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) (22); na China, PMI manufatura HSBC (22); e no Japão, decisão de política monetária do BoJ (Banco do Japão) (21).
Confira no anexo o relatório na íntegra a respeito do comportamento do mercado em 20;01.2014, assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS