Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

14 de Outubro de 2024 as 20:15:19



META DE INFLAÇÃO - BC não deveria votar para definir Meta, diz Galípolo


Gabriel Galípolo, diretor atual e futuro presidente do BC
 
BC não deveria votar para definir meta de inflação, diz Galípolo
Para futuro presidente, BC deve apenas cumprir meta fixada
 
Para o diretor de política monetária e futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, a autoridade monetária não deveria votar para definir a meta de inflação no CMN Conselho Monetário Nacional, que atualmente é composto pelo Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e pelo presidente do BC.
 
Durante participação em um evento, em São Paulo, na manhã desta 2ª feira, 14.10, Galípolo afirmou que a decisão sobre a taxa adequada de inflação deveria ser estabelecida apenas pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e que o Banco Central deveria se manter focado apenas no cumprimento da meta.
 
“Eu tenho dito sistematicamente que eu acho que o Banco Central não deveria nem votar no CMN na determinação da meta que ele mesmo tem que perseguir. Acredito que isso é um não tema para diretor de Banco Central. A meta de inflação foi estabelecida pelo CMN, cabe ao Banco Central colocar a taxa de juros no patamar restritivo o suficiente e pelo tempo que for necessário para atingir a meta”,
 
disse ele.
 
“A sociedade pode discutir, economistas podem discutir, todo mundo pode discutir, mas o diretor de Banco Central não discute meta, o diretor de Banco Central persegue a meta.”
 
Durante o evento Itaú BBA Macrovision, o diretor de política monetária disse não haver divergências políticas dentro da autarquia e destacou que o processo de transição do BC tem sido um exemplo:
 
“Acho que o BC está se consolidando ali como um pilar de institucionalidade que nem se deixa invadir e também não se evade, não transpassa partes que deveriam ser da própria política monetária. Nós estamos lá no BC convivendo de maneira absolutamente harmônica. Gosto de acreditar que os diretores são todos meus amigos, mas institucionalmente a gente vive de maneira absolutamente harmônica, técnica e com alto grau de coesão."
 
Ele também afirmou que a posição do Banco Central é sempre mais conservadora e cautelosa no estabelecimento da política monetária.
 
“A posição do Banco Central é de ser mais conservador. O que sinaliza ao Banco Central um mercado de trabalho mais apertado é que a gente deve ser mais cauteloso na gestão da política monetária porque isso sugere um processo de desinflação mais lento e mais custoso. Daí o reflexo que a gente vê na política monetária, a maior cautela que a gente vem
 
adotando na política monetária”,
 
disse ele.
 
Crescimento e meta de inflação
 
No evento, Galípolo disse ainda que o que vem chamando mais a atenção do Banco Central é o crescimento econômico, que tem superado as expectativas, mesmo diante de um cenário de juros restritivos.
 
“O crescimento segue surpreendendo, apesar da taxa de juros num patamar restritivo.”
 
Ele comparou as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) aos aplicativos de transporte, que ficam continuamente recalculando o tempo estimado para percorrer as distâncias em São Paulo.
 
“Ao longo do trânsito, conforme o aplicativo de trânsito ia recalculando o tempo estimado, eu fui pensando como aquilo é um pouco parecido com as nossas projeções de crescimento ao longo dos últimos anos. A gente arranca com uma estimativa original, vai recalculando e geralmente a informação relevante, a informação significativa, ela é dada alguns poucos metros antes de chegar. Eu acho que isso tem acontecido bastante com as projeções de crescimento no Brasil.”.
 
Segundo ele, a expectativa da autoridade monetária e também a do mercado era de alguma desaceleração no ritmo de crescimento da economia, acompanhada de uma abertura do hiato do produto: "desde que eu cheguei no Copom, desde a minha primeira reunião, a gente tem sempre essa projeção – e o mercado também – de que o hiato vai passar a abrir e a gente vai passar a assistir sinais de desaceleração mas, após surpresas sucessivas, a gente acabou fazendo essa mudança relevante do hiato para um campo positivo”.
 
Já sobre as expectativas de inflação, Galípolo afirmou que elas continuam desancoradas e que isso poderia ser justificado por três fatores: o ceticismo quanto à viabilidade da meta contínua, a credibilidade e as perspectivas da economia. Mesmo assim, ele encara que esses três fatores “tendem a ganhar ou perder peso ao longo do tempo”.
 
Galípolo reforçou ainda que compromisso do BC é buscar o centro da meta de inflação, de 3%.
 
“O Banco Central tem uma meta e a função de reação do Banco Central vai sempre se dar pela perseguição da meta. Essa perseguição da meta pode ser feita com mais custo ou menos custo, a depender de uma série de variáveis que muitas vezes o Banco Central não tem controle. Mas o Banco Central vai perseguir a sua meta”.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
 PETROBRAS - Resultado no 3º Trimestre de 2024: FORTE 20/11/2024
PETROBRAS - Resultado no 3º Trimestre de 2024: FORTE
 
CORTE DE GASTOS - Defesa e Fazenda fecharão proposta de nesta 4ª feira 12/11/2024
CORTE DE GASTOS - Defesa e Fazenda fecharão proposta de nesta 4ª feira
 
BC publica Ata do COPOM: Pressão sobre LULA para Cortes no Orçamento 12/11/2024
BC publica Ata do COPOM: Pressão sobre LULA para Cortes no Orçamento
 
REFINARIA ABREU E LIMA transformará Poluente em Produto Rentável 11/11/2024
REFINARIA ABREU E LIMA transformará Poluente em Produto Rentável
 
EMPRESAS AÉREAS irão ofertar 17,8 mil Voos a mais no próximo Verão 11/11/2024
EMPRESAS AÉREAS irão ofertar 17,8 mil Voos a mais no próximo Verão
 
PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL não mais será colocada a venda 07/11/2024
PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL não mais será colocada a venda
 
PETROBRAS lucra R$ 32,6 BI no 3º trimestre, alta de 22,3% 07/11/2024
PETROBRAS lucra R$ 32,6 BI no 3º trimestre, alta de 22,3%
 
PETRÓLEO lidera a pauta de Exportação do País no 3º trimestre/2024 08/11/2024
PETRÓLEO lidera a pauta de Exportação do País no 3º trimestre/2024
 
ELEIÇÃO DE TRUMP - Plano Econômico prevê elevação de Tarifas de Importações 06/11/2024
ELEIÇÃO DE TRUMP - Plano Econômico prevê elevação de Tarifas de Importações
 
SELIC - Copom eleva Juros Básicos da Economia para 11,25% 06/11/2024
SELIC - Copom eleva Juros Básicos da Economia para 11,25%
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites