Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

Domingo, Dia 15 de Dezembro de 2024 as 23:12:00



MARGEM EQUATORIAL será monitorada pela PETROBRAS com Tecnologia da Nasa


Margem Equatorial, área petrolífera promissora do País.
 
Petrobras vai monitorar Margem Equatorial com tecnologia da Nasa
Programa tem início previsto para 2025
 
A Petrobras terá mais um meio para garantir mais segurança em explorações de petróleo na Margem Equatorial, no trecho dos estados do Amapá, Pará e Maranhão. A empresa foi aceita no Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar).
 
O sistema é inédito em coleta de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), por satélite, para observação da Terra.
 
O engenheiro Fernando Pellon, consultor sênior da Gerência de Geoquímica do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), explicou que em regiões inundáveis, os manguezais são ecossistemas muito sensíveis a derrame de óleo, por isso serão muito importantes as informações dos mapas de sensibilidade a derrames de óleo.
 
“Esse mapeamento da região onde os manguezais estão inundados ou não, e quando estão inundados, são informações importantes para fazer um estudo de sensibilidade de derrame de óleo e para mapear a biota que está vivendo naquele local. São duas aplicações práticas da missão e dos objetivos da Petrobras”,
 
informou em entrevista à Agência Brasil.
 
O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, com início previsto para 2025, quando também a petroleira brasileira passará a utilizar as imagens no seu projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ). 
 
A Petrobras vai representar um dos 100 projetos da missão. Por parte da empresa, a intenção é monitorar o ambiente marinho e costeiro no trecho dos três estados na Margem Equatorial, além de atualizar o mapeamento desse litoral.
 
“Essa é uma tecnologia que permite informações sobre determinado alvo sem contato físico com ele. Por exemplo, pode medir remotamente a temperatura da superfície do mar, pode verificar remotamente se uma planta está verde ou com deficiência hídrica, pode identificar a constituição química e mineralógica de uma rocha. Isso tudo é possível recebendo do alto da Terra uma radiação eletromagnética”,
 
explicou.
 
Mudanças climáticas
 
Para o engenheiro, o monitoramento vai permitir acompanhar também as mudanças climáticas.
 
“O satélite orbita a 747 quilômetros da Terra e vai obter imagens a cada seis dias de um determinado ponto da superfície da Terra. Vai ter uma cobertura quase contínua de todas as áreas imersas e cobertas de gelo. É uma massa de dados muito interessante. Vai ter informações de biomassa, de desastres naturais, elevação do nível do mar, água subterrânea e vai ter dois sensores. Um da Nasa na chamada banda L e o dos indianos de um comprimento de onda menor na banda S”,
 
disse.
 
“Um dos pontos relevantes da missão, justamente, é fornecer subsídios em torno das mudanças climáticas e seus impactos, tanto dos meios físicos como a subida do nível do mar e derretimento da cobertura de gelo, como o impacto nos vegetais e na dinâmica urbana. Em tudo isso ele vai fornecer informações muito valiosas para este tipo de trabalho”,
 
pontuou.
 
Segundo Pellon, atualmente, é comum fazer avaliações com base em fotografias aéreas, imagens óticas que aparecem, por exemplo, no google maps. O engenheiro acrescentou que essas imagens são adquiridas na margem do visível, ou seja, recebem energia por comprimento de ondas que permitem aos olhos humanos enxergarem. Entretanto, existem outras faixas do espectro eletromagnético em que também existe radiação e não são percebidas. Com esse programa vai ser possível obter imagens para análises, mesmo que o céu esteja coberto por nuvens, o que não ocorre com outros sistemas.
 
“Uma delas é a infravermelho que se tem informação sobre a construção mineralógica e química das rochas. A gente não vê, mas esta informação está disponível e os sensores em aviões ou satélites são capazes de captá-las. No entanto, para essa faixa de espectro nas nuvens elas constituem barreiras, porque esses sensores medem a energia refletida pelo sol. Se a nuvem está no caminho ela é uma barreira e o sensor só consegue pegar a energia refletida pela nuvem. A imagem é cheia de nuvens”,
 
observou.
 
O consultor do Cenpes adiantou mais uma aplicação significativa do sistema.
 
“Uma outra vantagem do sistema de radar é que como dispõe da sua própria energia, se pode adquirir imagens à noite, porque não depende da luz solar. É como se fosse um flash. Se consegue fazer a imagem no escuro fazendo uma comparação”.
 
Rio Grande do Sul
 
Como o satélite terá condição de fazer uma cobertura contínua em toda a área imersa do globo terrestre, o engenheiro disse que pode ajudar também na avaliação dos impactos que o Rio Grande do Sul enfrentou após os desastres ambientais de maio deste ano. 
 
“Vai ter dados também dessa região, por isso é uma missão tão importante”,
 
disse, destacando que a importância das informações aumenta na medida em que são compartilhadas.
 
“O grande barato hoje é compartilhar, você cresce muito mais compartilhando do que excluindo. De fato, essa questão das mudanças climáticas é um assunto de interesse global, e toda informação de qualquer lugar do mundo é importante”,
 
disse.
 
O projeto ObMEQ é um dos 13 realizados pelo Cenpes na área de sustentabilidade e meio ambiente para a Margem Equatorial. De acordo com a Petrobras, eles são desenvolvidos em rede por diversas instituições, com a participação de universidades e de outros grupos da região, como costuma ocorrer nas parcerias de pesquisa da empresa.
 
Transparência
 
Na visão da empresa, o projeto terá transparência uma vez que fornecerá a configuração sempre atualizada do litoral da Margem Equatorial, disponível para utilização não só de diversas áreas da Petrobras, como de órgãos ambientais e da sociedade, conforme as necessidades de cada um. 
 
“Uma utilização adicional dos dados da Missão Nisar diz respeito à detecção de manchas de óleo na superfície do mar, tanto de origem natural [exsudações] como antrópica [derrames]”,
 
explicou.
 
O projeto ObMEQ, segundo a empresa, resulta da parceria entre o Cenpes e um ecossistema de universidades e instituições do Norte-Nordeste, liderados pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 
 
“A participação do Cenpes no Early Adopters Program da Missão Nisar é um selo de qualidade científica para o Projeto ObMEQ, uma prova de que a Petrobras e seus parceiros acadêmicos no Brasil estão articulados com o que há de mais avançado na comunidade científica internacional. A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial”,
 
disse.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
CMN muda juros de financiamentos com recursos do Fundo do Clima 22/12/2024
CMN muda juros de financiamentos com recursos do Fundo do Clima
 
HADDAD: 21/12/2024
HADDAD: "Governo obteria Superávit Fiscal em 2024 sem Desoneração da Folha"
 
BANCOS - Expediente bancário tem alterações neste final de ano 21/12/2024
BANCOS - Expediente bancário tem alterações neste final de ano
 
HADDAD promete Novas Medidas de Corte de Gastos em 2025 20/12/2024
HADDAD promete Novas Medidas de Corte de Gastos em 2025
 
HADDAD estima Perdas em torno de R$ 1 BI com mudanças em Pacote 20/12/2024
HADDAD estima Perdas em torno de R$ 1 BI com mudanças em Pacote
 
BC aumenta Projeção de Crescimento do PIB de 3,2% para 3,5% 19/12/2024
BC aumenta Projeção de Crescimento do PIB de 3,2% para 3,5%
 
13º SALÁRIO - Segunda Parcela deve ser paga até esta 6ª feira 19/12/2024
13º SALÁRIO - Segunda Parcela deve ser paga até esta 6ª feira
 
DÓLAR fecha em R$ 6,26 em 18.12, e IBOVESPA cai 3,15% a 120.772 pts 18/12/2024
DÓLAR fecha em R$ 6,26 em 18.12, e IBOVESPA cai 3,15% a 120.772 pts
 
VINICIUS JÚNIOR é eleito o Melhor Jogador de Futebol do Mundo 17/12/2024
VINICIUS JÚNIOR é eleito o Melhor Jogador de Futebol do Mundo
 
FARIALIMERS estimam PIB em 3,42% e IPCA em 4,89% em 2024 16/12/2024
FARIALIMERS estimam PIB em 3,42% e IPCA em 4,89% em 2024
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites