Ministério da Fazenda trabalha com elevação do PIB acima de 4,0%.
O Ministério da Fazenda trabalha com perspectiva de elevação do PIB acima de 4,0%, em 2012. Segundo a Agência Estado, em 26.01, Mantega disse que a economia brasileira deve crescer até 4,5% neste ano, puxada por investimentos do setor privado e pelo consumo.
Por outro lado, os analistas de mercado consultados pelo Boletim Focus, do Banco Central, estimam em 3,27% a expansão do PIB, em 2012, conforme divulgado ontem pelo Jornal Franquia.
Em suas previsões mais positivas, o ministro Guido Mantega, apontou o Programa Minha Casa, Minha Vida como fator determinante para expansão do setor habitacional no País e para a expansão do PIB a níveis acima de 4,0% ao ano. Serão mais dois milhões de unidades habitacionais até 2014, comentou ontem, 30.01.2012, após reunião de duas horas com empreendedores do setor privado da construção civil.
É de se esperar que a perspectiva ministerial se materialize e a dos analistas de mercado seja sobrepujada pelos números futuros do PIB. Esse raciocínio parece razoável, pois perdura ainda um clima de disputa entre as autoridades econômicas e os “homens do mercado financeiro”, a partir do manifesto comportamento “corporativo” e resistência dos analistas e homens do mercado financeiro ao negarem a necessidade de queda dos juros promovida pelo Banco Central, ao final de 2011.
Naquela ocasião, personalidades do segmento asseguraram que o panorama europeu estaria sendo avaliado como excessivamente negativo pelas autoridades econômicas, e portanto não estariam a exigir a queda dos juros. Entre eles, o presidente da Febraban, em entrevista ao jornal Valor apresentada pelo jornalista Romero.
Restou quebrado, uma vez mais, o grande paradigma, o da visão “em cima do fato” e da plena capacidade autoregulatória que o mercado proporcionaria, em comparação a propalada miopia e letargia dos homens públicos, teses ambas anteriormente massacradas pela estupenda da crise sistema criada e insuflada pelos homens do mercado financeiro internacional.