Netanyahu processado pela Justiça Espanhola
O jornal online SPUTINIK BRASIL noticiou na 3ª feira, 18.11, que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seis antigos e atuais ministros do governo de Israel poderão ser detidos se entrarem em Espanha, depois de o Tribunal espanhol ter ordenado um mandado de detenção.
A decisão judicial foi motivada pelas ações israelitas durante os ataques à Flotilha da Liberdade em 2010. O juiz espanhol do Tribunal Nacional Jose de la Mata ordenou à polícia e à guarda civil informá-lo se Netanyahu ou seis outros altos funcionários entrarem na Espanha, uma vez que o Tribunal pode abrir um processo contra eles.
Além de Netanyahu, as outras seis pessoas são: o ex-ministro das Relações Exteriores Avigdor Lieberman, o ex-ministro da Defesa Ehud Barak, o ex-ministro de Assuntos Estratégicos Moshe Yaalon, o ex-ministro do Interior Eli Yishai, o ministro sem pasta Benny Begin e o vice-almirante Maron Eliezer, que era responsável na altura pela operação das Forças de Defesa israelenses.
O processo envolve especificamente o principal navio civil, o Mavi Marmara, parte da frota de seis navios que tentou romper o bloqueio israelense de Gaza para entregar ajuda humanitária. Quando o navio se aproximou da costa de Gaza, os militares da IDF assaltaram o navio em um ataque que deixou 10 ativistas mortos.
Foto: jornal HAARETZ
Na ocasião, a comunidade internacional acusou Israel da violação do direito internacional por causa das ações do IDF durante o incidente. A recente decisão do tribunal espanhol significa que Netanyahu, junto com os outros seis altos funcionários israelenses, podem ser acusados.
O governo de Israel reagiu por meio de Emmanuel Nachshon, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, que disse Jerusalém Post ter Israel reunido todos os esforços diplomáticos para anular a decisão do tribunal espanhol.
"Nós consideramos isto uma provocação. Estamos trabalhando com as autoridades espanholas para que o processo seja cancelado. Nós esperamos que vá logo acabar"
declarou o portavoz.