Diário do Mercado na 3ª feeira, 17.05.2016
Bolsa retraiu-se seguindo mercado externo, em dia de anúncio do cerne da nova equipe econômica no Brasil
O Ibovespa encerrou o pregão hoje em queda de 1,86%, aos 50.839 pts, passando a acumular -1,86% na semana, -5,70% no mês, +17,28% no ano e -11,19% em 12 meses. Preliminarmente, o giro financeiro da bolsa foi de R$ 7,05 bilhões, sendo R$6,84 bilhões no mercado à vista, com o Ibovespa somando R$ 4,61 bi.
No dia 13 de maio (último dado disponível), os investidores estrangeiros retiraram R$ 297,97 milhões da Bovespa, elevando o saldo negativo de maio para R$ 1,36 bilhão. Em 2016, no entanto, o acumulando seguiu positivo em R$ 11,9 bilhões.
Domesticamente, o ministro da fazenda Henrique Meireles anunciou que o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, passará a ser o novo presidente do Banco Central. Vale lembrar que entre 2000 e 2003 ele já havia sido diretor de política econômica do Bacen.
Também foram divulgadas outras nomeações:
Mansueto Almeida para a secretaria de Acompanhamento Econômico;
Marcelo Caetano para a secretaria de Previdência; e
Carlos Hamilton para a secretaria de Política Econômica.
O mercado aguarda agora as indicações para as presidências da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia.
Ontem, já havia sido divulgado que Maria Sílvia Bastos será a nova presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Na seara corporativa ganhou destaque a Petrobrás, que anunciou a captação de US$ 6,75 bilhões com a emissão de bônus em duas tranches, sendo US$ 5 bilhões a vencer em 5 anos, com remuneração de 8,625%, e US$ 1,75 bilhão a vencer em 10 anos, com remuneração de 9%.
Na agenda internacional (pg.3 do relatório anexo), dados trouxeram peso ao mercado. Nos EUA foram divulgados hoje taxa de inflação ao consumidor e números que denotam aquecimento no setor imobiliário - ambos superaram as estimativas dos analistas.
Com isso elevaram-se as apostas especulativas de uma eventual elevação no curto prazo da taxa de juros pelo Fed, o que traria um esfriamento à economia no lado real visando o controle inflacionário.
Com isso as bolsas de Nova York caíram, com os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq variando -1,02% (17.530 pts); -0,94% (2.047 pts); e -1,25% (4.716 pts), respectivamente.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o Banco Central novamente ficou de fora dos leilões de swap cambial reverso de dólar. Nesta terça-feira a divisa retraiu-se perante o real, mas permanece sendo negociada ao redor do patamar de R$ 3,50, fechando a R$ 3,4904 (-0,25%), acumulando agora 1,20% na semana, -1,58% no mês e 13,57% no ano.
O CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país) fechou hoje em 333 pts, uma elevação de 5 pts contra os 328 registrados ontem, tornando a superar o importante nível de 330 pontos. No mercado de juros futuros na BM&F, praticamente todos os vencimentos apreciaram-se.
Confira relatórios de análise dos resultados relativos ao 1T16 das companhias cobertas por nossos analistas na pg. 4 do relatório anexo.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 17.05.2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI, ambos analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.