Renda Fixa
Análise Semanal de Mercado em 19.07.2016
Prêmio de risco enfraquecido reduz de modo inédito a pressão sobre o juro doméstico
Mesmo com a ligeira recuperação do yield do T-bond de 10 anos – como a principal referência da renda fixa internacional – a pressão da paridade descoberta das taxas de juros se enfraqueceu de forma acentuada sobre as taxas brasileiras, ao longo da última semana, acompanhando especialmente o recuo do CDS Brasil de 5 anos.
Pelo nosso modelo de análise, a atual força baixista recuou para os níveis observados em mai/2015 e reflete, neste momento, um maior equilíbrio entre as variáveis de juros e o câmbio (que, por sua vez, caminha para um importante patamar em R$ 3,20, divisor dos campos de alta e de baixa em horizonte de longo prazo).
De fato, em linha com os estímulos promovidos pelos principais bancos centrais, os agentes globais vêm reduzindo suas posições nos treasuries, em busca de ativos de maior rendimento, como os brasileiros.
Dessa forma, influenciada pela menor pressão sobre os juros domésticos e pelo abrandamento do CDS, a curva da NTN-B recuou acentuadamente na semana, assim como os yields longos da curva DI –, mas ainda em níveis muito atrativos frente às referências internacionais.
O movimento decorre principalmente de uma melhor percepção de risco-país, em uma semana marcada pela eleição do presidente da Câmara dos Deputados e por menores projeções de inflação, por parte do mercado.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado de Renda Fixa na semana finda em 19.07.2016, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, e JOSE ROBERTO DOS ANJOS, CNPI, ambos analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.