Blocos alternativos atraem jovens no carnaval de Brasília
Blocos de carnaval alternativos como o Aparelhinho e o Bloco das Divinas Tetas reúnem público jovem desde o final da tarde desta 2ª feira, 27.02, em Brasília.
O local da concentração é o Setor Bancário Sul, onde ficam instituições financeiras e por onde normalmente circulam trabalhadores vestidos com roupas sociais. Mas hoje, o local foi tomado por foliões com fantasias de super heróis, sereias e xeiques árabes, além de pessoas com perucas coloridas, roupas brilhosas e meias arrastão.
No segundo ano de carnaval em Brasília, o Bloco das Divinas Tetas espera reunir cerca de 20 mil foliões para dançar ritmos variados, entre eles músicas do movimento Tropicália de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Mutantes.
“No ano passado, a festa atraiu mais de 10 mil pessoas, bem mais do que esperávamos, então, para este ano a estrutura já dobrou de tamanho”,
disse Aloísio Michael, vocalista do Divinas Tetas. Ele conta que, além dos ritmos da Tropicália, a banda toca maracatu, samba, rock e outros.
O Divinas Tetas foi criado no final de 2015 por amigos da cena musical independente de rock que resolveram fazer um bloco de carnaval homenageando os artistas da Tropicália. O nome veio da música Vaca Profana, sucesso da cantora Gal Costa.
A estudante de design Nayara Santos, de 21 anos, esteve no Divinas Tetas no ano passado e agora repete a dose.
“É um carnaval com ritmos variados e muito animado. É bom ter diversidade no carnaval da cidade e opções para todos os gostos”,
disse.
Porta Bandeira do
Bloco Vai Quem Fica
Aparelhinho
Por volta das 17h, o som começou a ecoar do carrinho de madeira do bloco Aparelhinho e animou o público predominantemente jovem que já estava concentrado no Setor Bancário Sul. Desde 2012, o bloco desfila na segunda-feira de carnaval com a proposta de levar aos foliões um som feito por DJs. São eles que conduzem um carrinho de madeira feito a mão com espaço para abrigar as caixas de som, equipamento de iluminação e um gerador.
O bloco dá a volta no Setor Bancário Sul e espera arrastar 10 mil pessoas.
“O Aparelhinho foi um dos primeiros blocos alternativos que surgiram em Brasília. Desde então, o carnaval da cidade cresceu muito e tem que crescer mais para que as pessoas não precisem sair de Brasília para se divertir”,
disse a produtora cultural do Aparelhinho, Paula Rios.
Caixa da Bateria do Bloco
Vai Quem Fica
O auxiliar de contabilidade Marcos Paixão, de 23 anos, veio com amigos conhecer o som do Aparelhinho e gostou do que viu e ouviu.
“A democratização dos ritmos no carnaval é importante para quem não gosta só de samba ou axé. E isto temos aqui”,
avaliou.
NOTA DA REDAÇÃO JF
O Bloco Vai Quem Fica fez sua estreia no Carnaval de Brasilia no domingo, 26.02.2017, apresentou-se na Asa Norte, nas imediações do Parque Olhos D'Água, no final da manhã. O grupo recem constituído é formado por jovens músicos e universitários da cidade. Foi bem recebido pela plateia constituida pelos frequentadores daquele parque, adultos e muitas crianças. Em seu repertório, marchinhas tradicionais e bem humoradas do carvaval brasileiro. As fotos acima são de integrantes desse bloco.