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Internacional

17 de Novembro de 2012 as 01:11:01



PANORAMA MUNDIAL - Recessão e Conflitos Bélicos na Semana de 11 a 16.11.2012


A economia japonesa encolheu 0,9% no 3º trimestre/2012. Essa taxa corresponde à 3,7% ao ano. Entre as causas importantes dessa queda do PIB japonês estão a desaceleração da economia mundial e as recentes tensões político-territoriais japonesas com a China, a segunda economia do planeta.

 

Os EUA, que são a primeira economia do mundo, apresentaram, por sua vez, um modesto crescimento no 3º trimestre/2012. Permanecem perdidos na disputa entre Republicanos e Democratas.

 

Os primeiros, vitaminados pelos xiitas do Tea Party, são defensores de ainda menores impostos aos mais ricos e ao grande capital, na crença estúpida de que maior disponibilidade de recursos em suas mãos elevariam o nível dos investimentos e do emprego na economia como um todo.

 

Os Democratas, por sua vez, a despeito de vacinados contra esse credo inconsequente que levou à explosão da dívida pública dos EUA e à grande crise de iniciada em 2007, permanecem paralizados pelo bom mocismo e pela incapacidade de comunicação com o grande público norteamericano.

 

Essa incapacidade de diálogo eficaz torna mais provável o "Abismo Fiscal", que representaria o império da ortodoxia monetarista e a deflagração de medidas recessivas automaticas na economia dos EUA, com terríveis efeitos depressivos sobre a economia norteamericana e do resto do planeta.    

 

Junto com encolhimento da economia do Euro, todos esses fatores estão apagando as tênues esperanças de reversão do panorama geral de recessão econômica mundial. 

 

Ao nível político, enquanto que nos EUA, a reeleição de Obama pôde por sorte contar com uma suave redução nível de desemprego, às vésperas do pleito, no Japão o primeiro ministro Yoshihiko Noda, com menor sorte, poderá perder o cargo ao ver seu índice de popularidade cair a míseros 19%.

 

Na Europa, por sua vez, a chanceler alemã Angela Merkel, sem problemas eleitorais no futuro imediato, cumpriu seu périplo em prol de políticas ortodoxo-recessivas em Portugal, Grécia e Espanha, implementadas pela Troica e apoiadas pelo grande capital financeiro internacional. Cumpriu seu compromisso político com investidores alemães temerosos da perda do retorno de seus capitais investidos em tempos de vacas gordas. Mas a própria economia alemã começa a operar em rítmo de recessão, levando o governo a fazer em casa o que desaconselha no exterior: aumentar o valor de aposentadorias e de gastos do governo.

 

 

O comportamento da economia internacional nesta semana, de 12 a 16.11.2012, confirma os prognósticos de estagnação e recessão, visualizados desde o início deste ano, que o medíocre desempenho ciclotímico da economia norteamericana não demonstra fôlego para reverter.

 

O agravamento crescente das tensões políticas no Oriente Médio, com o bombardeio de Gaza e com bombas do Hamas atingindo TelAviv, o envolvimento do Egito --  e muito provavelmente da Síria, na busca de seu governo por um inimigo externo para fortalecer-se --  são o estopim que poderá tornar miserável esse fim de ano para a humanidade, caso forças de paz não se mobilizem de imediato.

 

Importante não esquecer que a recessão dos anos 30 somente foi estancada com a Segunda Guerra Mundial, iniciando tempos de grande prosperidade, por meio  dos espetaculares investimentos na indústria bélica e do colossal aumento do nível de emprego que essa indústria permitiu nos anos de conflito. 

 

Nos anos 40, a economia mundial recuperou-se, mas o custo foi de 60 milhões de mortes e a abertura da Caixa de Pandora, o bombardeio atômico do Japão. 

 

Neste momento, é pouco provável que o governo de Israel deixe de aproveitar a oportunidade aberta por um conflito com os países árabes, para depejar bombas atômicas sobre as usinas atômicas do Irã, conforme vem prometendo há anos. 

 

Diante desse quadro, é provável que esse evento possa provocar o pipocamento de conflitos bélicos pelo planeta, mobilizados pela busca de recursos naturais, conforme antevê o especialista em segurança internacional, Michael T. Klare, em seu livro Resouce Wars (2001).

 

Nenhuma esperança de que neste fim de semana possa reverter-se o quadro econômico desfavorável. Mas o quadro político internacional negativo tem que ser revertido a todo custo neste último dia da semana.

 



Fonte: Wilson R. Correa





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