Bancos, Fundos de Investimento e Fundos de Pensão são os grandes titulares da Dívida Publica brasileira
A Dívida Pública Federal totalizou R$ 5,769 trilhões em janeiro/2023, segundo números divulgados pelo Tesouro Nacional na 3ª feira, 28.02. Em dezembro/2022 ela alcançara a cifra de R$ 5,951 trilhões. Esse números revelam um decréscimo de cerca de R$ 182 bilhões equivalentes a 3,07%, em janeiro.
Detentores da dívida
As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 27,3% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,4%, e os fundos de pensão, com 23,6%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.
A participação dos não residentes (estrangeiros) subiu, passando de 9,4% em dezembro para 9,8% em janeiro. A alta ocorreu, apesar da turbulência nos mercados externos. Os demais grupos somam 14,9% de participação.
Dívida Interna
A parcela negociada com residentes no Brasil é a chamada Dívida Pública Mobiliária (em títulos) Interna (DPMFi). Esta parcela caiu 2,88% em janeiro, ao passar de R$ 5,698 trilhões em dezembro para R$ 5,534 trilhões.
Isso se deve ao Tesouro ter resgatado, em janeiro/2023, R$ 216 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis prefixados (com juros fixos), que costumam vencer no primeiro mês de cada trimestre. A queda na DPMFi só não foi maior porque houve a apropriação de R$ 51,77 bilhões em juros.
Dívida Externa
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) é a parcela negociada com nao residentes no Brasil. Esta parcela passou de R$ 264,72 bilhões em dezembro para R$ 252,45 bilhões em janeiro. A queda foi de 7,32%, e o principal fator responsável por essa queda foi o recuo da cotação do dolar, de 2,27%, em janeiro/2023.
Reserva de R$ 953 Bilhões em janeiro/2023
Após dois meses de alta, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) caiu em janeiro.
Essa reserva passou de R$ 1,176 trilhão em dezembro para R$ 953 bilhões no mês passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi a concentração de vencimentos em janeiro.
Atualmente, o colchão cobre 7,62 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,418 trilhão em títulos federais. Desse modo, há um gap de R$ 465 bilhões a serem obtidos para complementação nos próximos 12 meses.
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