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Investimentos

12 de Março de 2023 as 10:03:15



ITAÚ-UNIBANCO - Resultado no 4º Trimestre/2022: Desaceleração sem Solavancos


 
ITAÚ-UNIBANCO - Resultado no 4º Trimestre/2022
Desaceleração sem Solavancos
Rafael Reis, CNPI-P
08.02.2023
 
O Itaú Unibanco entregou no 4T22 um resultado que consideramos positivo, com lucro líquido recorrente de R$ 7,67 bilhões, equivalente a um ROAE de 19,3%, impactado pelo provisionamento extraordinário relacionado a um caso no segmento Grandes Empresas – o qual imaginamos se tratar de Americanas.
 
O resultado foi marcado por dinâmicas similares às do 3T22, com forte receita de juros das operações de crédito capaz de compensar as elevadas despesas com provisões e a fraca receita de tesouraria.
 
Momento e perspectivas.
 
Sem maiores surpresas, o Itaú segue apresentando, em nossa opinião, um conjunto de resultados equilibrado quando consideramos o contexto de maior seletividade e desaceleração de crescimento de carteira de crédito vivido pelo setor, consequência natural do ambiente de maior aperto monetário.
 
Cabe salientar que, excluindo o provisionamento extraordinário citado acima, o lucro teria sido de R$ 8,4 bilhões, equivalente a um ROE de 21%, o que somado a poucas tendências dignas de apontamento negativo no trimestre, corrobora a nossa percepção da continuidade do bom momento do banco. 
 
Para o setor bancário, o ano de 2023 tende a ser de acomodação, incluindo menor crescimento de carteiras e pressão sobre os custos, mas com receitas financeiras robustas graças ao ambiente de maiores juros compensando tais reveses, e não esperamos algo essencialmente diferente para o Itaú.
 
A vantagem dele [do Itaú-Unibanco]NRJF, em nossa visão, está na maior qualidade relativa da carteira de crédito, ainda que o segmento pessoa física, que não apenas foi de onde a maior parte do crescimento dos últimos anos veio, mas também de onde a maior inadimplência vem (e deve continuar) despontando, siga sendo o ponto a ser monitorado com maior escrutínio.
 
Apesar de algumas dinâmicas ligeiramente decepcionantes, como o fraco crescimento de receitas de serviços (exceto seguros), atribuído em nossa análise à desaceleração do crédito e das despesas não-juros, que cresceram acima da inflação no comparativo anual, temos poucos indícios de uma deterioração significativa na capacidade operacional do Itaú, neste momento. 
 
Projeções.
 
O Itaú divulgou projeções próprias (guidance) para 2023 que incluem, destacadamente, crescimento de carteira entre 6% e 9%, margem financeira com clientes crescendo entre 13,5% e 16,5%, custo do crédito entre R$ 36,5 e R$ 40,5 bilhões, receitas de serviços crescendo entre 7,5% e 10,5% e despesas não decorrentes de juros entre 5% e 9%. Partindo dessas premissas, calculamos um lucro líquido de aproximadamente R$ 35,9 bilhões para 2023.
 
Americanas.
 
O Itaú provisionou despesas de R$ 1,3 bilhão relativo a evento subsequente, e informou ainda ter, via reconhecimento em provisão complementar, atingido 100% de provisionamento da exposição ao caso que entendemos se tratar de Americanas.
 
O impacto no lucro por conta desse provisionamento, já considerando o benefício tributário gerado pela despesa foi de aproximadamente R$ 719 milhões. Segundo nossa análise (aprofundada aqui), apesar de impactante, imaginamos se tratar de um caso atípico, em um primeiro momento, pouco alterando nossa percepção de valor dos bancos envolvidos.
 
Preço-alvo e recomendação.
 
Incorporamos os números do 4T (e do ano) de 2022 ao valuation, e ajustamos o custo de capital próprio para refletir as condições mais árduas do cenário macro, e apresentamos nosso novo preço-alvo de R$ 30,20 para o final de 2023, o que representa um potencial de valorização de 20% com base no preço atual.
 
Apesar da redução do preço-alvo, mantemos a recomendação de Compra para as ações do Itaú, entendendo que o banco deve permanecer registrando menor volatilidade nos resultados dentre os bancos de maior porte de nossa cobertura. 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório elaborado a respeito por
RAFAEL REIS, CNPI-P, analista senior do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RAFAEL REIS, CNPI-P, analista senior do BB Investimentos





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