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Investimentos

12 de Março de 2023 as 11:03:32



VIA - Resultado no 4º Trimestre /2022: Misto


 
VIA - Resultado no 4º Trimestre/2022
Misto; avanços em capital de giro e vendas, mas decepção no 1P
 
por Georgia Jorge, CNPI-P
10.03.2023
 
A Via reportou resultados do 4T22 mistos, em nossa visão. Apesar de reconhecermos alguns avanços importantes, como o controle do capital de giro e a estabilização das vendas do marketplace, a margem operacional inferior no comparativo anual e a retração das vendas no canal 1P foram pontos negativos. 
 
Desempenho das Ações.
 
As ações VIIA3 acumulam queda de 19,2% desde início do ano até 09.03, refletindo, em nossa opinião, a preferência dos investidores por companhias expostas ao varejo de bens não cíclicos menos alavancadas, o que leva a um menor impacto da taxa de juros no resultado financeiro. 
 
Apesar de observamos avanços na operação da Via, ainda nos mantemos conservadores em relação à capacidade da companhia em crescer de forma saudável todos os seus canais de vendas com manutenção de margens operacionais nos patamares ora observados. Por essa razão, mantemos nossa recomendação em Neutra mesmo diante do alto potencial de valorização frente ao nosso preço-alvo para o final de 2023 em R$ 3,30.
 
Desempenho econômico-financeiro
 
As vendas brutas totais (GMV na sigla em inglês) somaram R$ 12,5 bilhões no trimestre, alta de 5,7% na comparação anual e em linha com as nossas estimativas (+0,7% r/e). Enquanto as vendas em lojas físicas contribuíram com um crescimento de 16,0% a/a (+2,9% r/e) – refletindo vendas mesmas lojas em 11,4% e a abertura líquida de 42 lojas nos últimos 12 meses – as vendas nos canais on-line prejudicaram o desempenho consolidado, encolhendo 4,3% a/a (-1,8% r/e). 
 
As vendas do 1P (vendas on-line com estoque próprio) caíram 6,0% a/a, vindo 8,1% abaixo das nossas estimativas, enquanto as vendas do marketplace mantiveram-se estáveis na comparação anual, o que nos surpreendeu positivamente (+17,5% r/e), haja vista esperarmos mais um trimestre de retração das vendas do canal.
 
O desempenho de cada um dos canais implicou no crescimento de 8,8% a/a da receita líquida, que atingiu R$ 8,8 bilhões (+6,0% r/e), bem como no incremento de 2,2 p.p. a/a na margem bruta (+1,0 p.p. r/e), que alcançou 31,3% nesse trimestre, explicada pela maior contribuição de receita de serviços e da elevação do take rate cobrado dos sellers no marketplace.
 
Apesar da melhoria observada na margem bruta, o EBITDA Ajustado manteve-se praticamente estável na comparação anual (-1,7% a/a e +8,5% r/e), o que implicou na queda de 0,8 p.p. a/a de margem EBITDA Ajustada, que atingiu 7,0% no trimestre (+0,2 p.p. r/e).
 
A queda da margem operacional deveu-se ao incremento das despesas com vendas, gerais e administrativas como percentual da receita líquida em +2,9 p.p. a/a, haja vista essa rubrica ter sido favorecida por créditos fiscais no 4T21.
 
A retração da margem EBITDA Ajustada foi intensificada pelo incremento das despesas financeiras em decorrência da elevação da taxa de juros. Com isso, a companhia reportou um prejuízo de R$ 163 milhões no trimestre, ante um lucro líquido de R$ 29 milhões no 4T21. Apesar do resultado negativo, nossas estimativas projetavam um prejuízo de R$ 191 milhões, de forma que o desempenho nos surpreendeu positivamente. 
 
A respeito da alavancagem financeira, a Via manteve praticamente estável sua posição de caixa líquido em cerca de R$ 2 bilhões, o que corresponde a 0,8x o EBITDA dos últimos 12 meses, ante 1,5x ao final de 2021.
 
Já em relação ao capital de giro, pontuamos uma variação positiva de R$ 1,8 bilhão no trimestre, refletindo a sazonalidade do período, além de uma redução do nível de estoques em torno de R$ 1,6 bilhão ante o mesmo período do ano anterior.
 
No ano, o fluxo de caixa operacional foi de R$ 3,1 bilhões, mais do que o suficiente para fazer frente aos investimentos do período, que totalizaram R$ 928 milhões. Ao final de 2022, a companhia reportou o incremento de R$ 238 milhões na conta caixa e equivalentes.
 
Por fim, o capex somou R$ 1 bilhão em 2022 ou 2,3% do GMV do período, mesmo patamar observado no ano anterior. Referidos recursos foram distribuídos entre abertura (~18%) e reforma de lojas (~6%), logística (~5%), TI (~65%) e outros (~6%).
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, preparado por
GEORGIA JORGE, CNPI-P, analista senior do BB Investiementos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GEORGIA JORGE, CNPI-P, analista senior do BB Investimentos





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