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Investimentos

30 de Março de 2023 as 23:03:52



VIBRA ENERGIA - Resultado no 4º Trimestre/2022: FRACO


 
VIBRA ENERGIA - Resultado no 4º Trimestre/2022
Menores margens e resultado financeiro pressionado por juros altos; negativo
 
Por Daniel Cobucci, CNPI
22.03.2023
 
A Vibra reportou números negativos no 4T22, com resultados fracos tanto na rede de postos quanto no B2B, com vendas mais fracas de diesel e menores margens de comercialização, além de forte redução na margem EBITDA e maiores despesas financeiras afetando o lucro líquido, cuja redução de 45% a/a no trimestre colaborou para fechar o ano em R$ 1,5 bilhão, uma queda de 38% ante 2021. 
 
Destacamos, do lado positivo, a continuidade da recuperação no segmento de aviação, além da evolução no EBITDA da Comerc, que atingiu R$ 54 milhões, em uma clara trajetória de ascensão (+58% t/t).
 
Neste trimestre vemos mais uma vez diversos itens não recorrentes afetando os resultados, como despesas de hedge não recorrentes (-R$ 482 milhões), perdas em estoques (-R$ 756 milhões), ganho com venda de imóveis (+R$ 325 milhões) e recuperações de PIS/Cofins (+R$ 680 milhões). 
 
O impacto líquido foi positivo em R$ 224 milhões, ou R$ 22/m3 . Porém, como discutimos em cada segmento a seguir, foi apenas em aviação que vimos um trimestre com resultados operacionais e financeiros favoráveis, dada a volatilidade usual do setor sendo agravada por condições estruturais que ocorreram no final do ano passado, notadamente as mudanças tributárias com a desoneração dos combustíveis e a elevada volatilidade nos preços de petróleo/derivados, em especial o crack spread do diesel.
 
Em nossa opinião, a companhia segue como excelente aposta de longo prazo, com múltiplos atrativos e uma tese de investimentos robusta, com a proposta de diversificação de produtos energéticos, comercialização de energia, biogás e trading de etanol sendo modelos de negócios promissores e já começando a sinalizar seus potenciais, como no caso da Comerc.
 
Porém, o setor enfrenta desafios estruturais, com ambiente competitivo que pressiona margens e cresce volumes de forma lenta, motivos que entendemos estarem por trás da performance negativa em bolsa nos últimos 12 meses (-41% a/a).
 
Resultados por Segmento
 
> Rede de postos. 
 
O volume de vendas da rede de postos teve um aumento de 8,6% a/a, fechando 2022 5,6% acima do ano anterior, com destaque para as vendas de ciclo otto (+9% a/a e + 14,3% t/t). No ano, o volume total cresceu 5,6% a/a, puxado pelo aumento nas vendas de gasolina (+10% a/a), a despeito das reduções de 8,5% em “outros” e de 3,4% a/a em etanol.
 
O lucro bruto sofreu uma redução de 25% a/a, com menores margens, mas também menor efeito a/a na variação dos estoques. Com isso, o EBITDA ajustado ficou 42% menor a/a, com margem de R$ 82/m3, uma diminuição de 47% a/a. No ano, a margem também ficou em R$ 82/m3, decepcionando por ficar 26% abaixo dos R$ 110/m3 de 2021. 
 
A Companhia aumentou sua rede de postos em 182, totalizando 8.383 unidades. Em suma, o setor de distribuição de combustíveis continua sofrendo com a volatilidade trazida pelas variações com estoques, além de um ambiente competitivo difícil, com crescimento lento nos volumes e maior dificuldade de retomar as margens históricas do setor após a maior abertura do mercado de importação. 
 
A Companhia reforçou em conferência os mecanismos para reduzir a volatilidade, com maior gestão dos estoques e mudanças na estratégia de hedge. De modo geral, eventos aparentemente não recorrentes tem sido uma constante, dificultando as expectativas de maiores retornos para os acionistas. 
 
Grandes consumidores (B2B).
 
O segmento B2B teve uma redução de 19% a/a no volume de vendas do trimestre, com menores vendas de óleo combustível (-54% a/a) e outros (-12% a/a). No ano, o volume fechou 18% menor a/a, mas, graças às maiores margens de comercialização, vemos um lucro bruto 2,6% maior a/a, ainda que no atual trimestre tenha ocorrido uma queda de 43% no lucro bruto.
 
Com a queda no volume, as despesas operacionais por m3 tiveram um aumento de 18% a/a, resultando em um EBITDA negativo, de R$ 108 milhões, com impacto de perdas no valor dos estoques e perdas com hedges de commodities, principalmente com diesel. No ano, a margem EBITDA também decepcionou, com redução de 13%, para R$ 105/m3.
 
Aviação. 
 
O segmento continua em forte recuperação, tendo um aumento de 17% a/a no volume de vendas do trimestre e fechando o ano com volume 35% superior a/a. O lucro bruto teve um aumento de 10% a/a no trimestre, e de 57% no ano, chegando a R$ 1,4 bilhão, montante 72% superior a 2019, pré-pandemia. 
 
As despesas operacionais por m3 tiveram uma redução de 17% a/a, como consequência do maior volume de vendas diluindo os custos fixos. O EBITDA ajustado atingiu R$ 211 milhões no trimestre (+19% a/a) e R$ 987 milhões no ano (+88% a/a), com margem anual de R$ 240/m3, avanço de 40% a/a. Em suma, o segmento segue deslanchando com a melhor performance trimestral e anual dentro da Companhia.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por 
DANIEL COBUCCI CNPI, analista senior do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: DANIEL COBUCCI, CNPI, analista senior do BB INVESTIMENTOS





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