Reunião emergencial entre Dilma e ministros
A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se, na manhã desta 6ª feira, com ministros para discutir em caráter emergencial as recentes manifestações ocorridas em diversos estados, que ontem, 20.06, levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas. Apenas o nome do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi confirmado pela presidência.
A assessoria do Presidência, no entanto, não soube confirmar se os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, vistos ao chegarem no Palácio do Planalto, participam da reunião.
A reunião ocorreu após Dilma ter cancelado viagem que faria ao Japão no início da próxima semana. Ontem (20), manifestantes entregaram ao secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Diogo de Sant’ana, um documento com reivindicações dirigidas à presidenta.
Nesta 6ª feira, Dilma lançaria, em Salvador BA, o Plano Safra do Semiárido. A mudança na agenda foi feita a pedido do governador da Bahia, Jaques Wagner.
Reunião Encerrada
A reunião foi encerrada, contudo, sem que nenhum comunicado fosse em seguida feito à imprensa.
Convocada na 5ª feira, 20.06, após a presidenta ter cancelado viagens ao Japão e a Salvador, a reunião com o ministro teve como pauta as manifestações que reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas do país. A assessoria da Presidência não informar se houve participação de outros ministros.
As manifestações de ontem foram comentadas também pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em outro evento ocorrido de manhã no Palácio do Planalto. Segundo ele, o governo terá de “correr atrás” para atender “ao novo padrão de exigência” e demandas que estão surgindo nas manifestações populares.
Postura do Governo Federal
Segundo ele, a atitude do governo federal, desde o primeiro momento, foi
“ir ao encontro das manifestações, abrir o Palácio para conversas com lideranças, tendo a compreensão de que se trata de um novo tipo de movimento, um novo tipo de liderança e de uma nova forma de organização”.
Carvalho informou, ainda, que a presidenta deverá se pronunciar em breve sobre as manifestações.