O Fokker-100 tinha 44 passageiros, 6 tripulantes e todos escaparam ilesos em razão da extrema perícia do comandante Eduardo Verli e o co-piloto, 'Maior'
Um avião da empresa Avianca fez pouso de emergência, às 17h42 de 6ª feira, 28.03, no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília.
A aeronave MK-28, Prefixo OAF 6393, voou de Petrolina PE à Brasília com 44 passageiros e cinco tripulantes. De acordo com a FAB Força Aérea Brasileira, o avião aterrissou com o trem de pouso dianteiro recolhido. Taxiou, portanto, só no trem de pouso traseiro, até perder velocidade para baixar a fuselagem dianteira na pista. De acordo com a assessoria da Inframérica, concessionária que administra o aeroporto, nenhum passageiro ficou ferido.
A FAB informou ainda que uma equipe do CENIPA Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos esteve no local para “levantar informações para uma possível investigação”, e já liberou a aeronave para que a empresa a retire da pista.
A FAB adiantou, no entanto, que uma investigação, se ocorrer, não terá caráter de punição. O trabalho da Cenipa tem caráter preventivo, para evitar novos acidentes da mesma natureza.
A Avianca informou, em nota, que o avião pousou “de forma segura, e todos os passageiros foram desembarcados e transportados, em ônibus, até o terminal de passageiros".
Informações complementares
Informações complementares divulgadas neste sábado, 29.03, revelam que a aeronave tinha o comando do piloto Eduardo Verni. Por volta das 17h30, Verni informou à torre de comando do Aeroporto Juscelino Kubtschek, em Brasília,
"A partir de agora, a gente declara emergência (...) Gostaria de solicitar apoio total de solo. Em mais 15 minutos, a gente prossegue para pouso".
O trem de pouso, equipamento que é instalado no bico da aeronave, na parte inferior, teve um travamento e não conseguia baixar. Por cerca de 20 minutos o piloto sobrevoou a a área do aeroporto para gastar combustível e minimizar o risco de explosão da avião ao tocar o solo.
O comandante solicitou ajuda de bombeiros e ambulâncias antes de pousar, que ficaram a postos, quando o avião pousou, momento em que o tanque de combustível estava quase a zero, às 17h42.
Nesse horário, a aeronave deslisou longamente por centenas de metros sobre as rodas trazeiras na pista com espuma anti-incêndio, pouco antes espalhada por um caminhão especial, com o objetivo de apagar de imediato as faíscas geradas pelo atrito do metal contra o solo. Suavemente o bico da aeronave foi encostando no solo, que parou logo em seguida.
Antes, no interior da aeronave haviam sido guardados todos os equipamentos e objetos soltos, bem como os passageiros, se livrado de acessórios que poderiam provocar ferimentos, tais como relogios, correntes, gravatas, sapatos de salto, óculos etc. Os passageiros adotaram a postura de agachamento do torax e cabeça contra as pernas e permaneceram nas poltranas até a completa paralisação da nave.
Sem qualquer bagagem, os passageiros deixaram a aeronave atraves de rampas infláveis, através das portas trazeiras. Não houve mortos nem feridos.