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Investimentos

13 de Maio de 2021 as 00:05:17



BR Distribuidora | ESG - Resultado no 1º trimestre/2021; Rentabilidade em Alta


BR Distribuidora | ESG - Resultado no 1º trimestre/2021
 
Rentabilidade em alta, mesmo com baixos volumes; positivo
 
A BR Distribuidora apresentou bons números no resultado do 1T21, em nossa opinião. Ganhos de estoque e melhores margens impulsionaram os números em todos os segmentos, com impactos não recorrentes por maiores provisões prejudicando principalmente o segmento B2B, mas sendo contrabalanceados por ganhos fiscais obtidos com ressarcimento de ICMS-ST. 
 
Destacamos ainda a continuidade no aumento na participação de mercado, que atingiu 28,1%, consolidando a BR como a companhia que mais têm ganho market share nos últimos meses, como já comentamos em nossos últimos relatórios setoriais.
 
Vale mencionar, ainda, que a empresa publicou ontem um fato relevante informando a realização de um acordo de renegociação de dívida com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que tem um impacto estimado de cerca de R$ 353 milhões, e que deve encerrar a situação de litígio fiscal com o Estado do Amapá.
 
Rede de postos. 
 
A receita líquida atingiu R$ 16,1 bilhões, um aumento de 28% a/a e 4,1% t/t. Na comparação anual, houve um maior volume de vendas, principalmente de diesel (+10,7%) e ciclo otto (+9,5%), enquanto a queda de 10,1% ante o 4T20 ocorreu devido à sazonalidade e ao agravamento da pandemia. 
 
A rentabilidade, medida pelo indicador EBITDA/m3 chama a atenção positivamente, tendo chegado a R$ 133/m3, beneficiada por maiores margens e pela variação de estoques no trimestre.
 
As despesas operacionais sofreram expressiva redução (-25% a/a e -18% t/t), colaborando para o contexto das melhores margens/ganho com valorização de estoques e levando o EBITDA a uma alta de 136% a/a e de 10,8% t/t (lembrando que houve impactos não recorrentes no 1T20).
 
Em relação a número de postos, houve o acréscimo de 36 unidades, um pouco abaixo da média dos últimos 12 meses (de 60 postos/trimestre), mas, tradicionalmente, o primeiro trimestre não é o melhor em termos de expansões, além de a pandemia prejudicar nesse quesito. Um bom trimestre para o segmento.
 
Grandes Consumidores (B2B). 
 
O segmento teve queda relevante nas vendas (-6,7% a/a, -9,4% t/t), sendo que as vendas de coque e de outros produtos puxaram a queda, já que houve crescimento nas vendas de diesel (+8,1% a/a, +1,1% t/t). O forte aumento no lucro bruto (+27% a/a, +13% t/t) foi motivado por maiores margens e por ganhos em estoques, dada a elevação nos preços de diesel (o que, por outro lado, gerou perda com hedge no período). 
 
As despesas operacionais tiveram um expressivo aumento (+66% a/a, +99% t/t), principalmente devido à provisão feita sobre os recebíveis de um cliente que entrou em recuperação judicial, no valor de R$ 156 milhões. Assim, vemos um EBITDA 34% menor em relação ao 4T20 e 4,1% superior a/a, também impactado com a perda por hedge cambial. Em resumo, um trimestre com muitos efeitos adversos e, ainda assim, melhor do que o esperado.
 
Aviação. 
 
O volume de vendas ficou estável ante o 4T20 e teve queda de 12,1% a/a, ainda como impacto da redução de voos devido à pandemia. Entretanto, as maiores margens e os ganhos com estoques favoreceram o lucro bruto, que chegou a R$ 220 milhões, +13% a/a e +48% a/a.
 
Assim, apesar de maiores despesas (+4,6% a/a, +48% t/t), afetadas por maiores provisões, houve crescimento de 23% a/a e 47% t/t no EBITDA, que apresentou o maior valor dos últimos sete trimestres.
 
Opinião do analista. 
 
A BR Distribuidora vem surpreendendo com a boa performance mesmo em um cenário muito adverso. Apesar de volumes ainda comprimidos, e que não esperamos recuperação no curto prazo, a companhia endereçou mudanças estruturais que deixaram as condições mais favoráveis mais adiante.
 
A posição atual de endividamento é confortável, com o patamar de 1,2x, ante o objetivo anunciado de 2,5x, o que abre espaço para investimentos e maior distribuição de dividendos e JCP.
 
A companhia também anunciou novas medidas de eficiência operacional, que têm o potencial de reduzir as despesas em até R$ 250 milhões, a serem integralmente implementadas até 2022.
 
Ainda precisamos de mais detalhes antes de incorporar tais projeções em nosso modelo, mas é bom lembrar que a companhia já colheu os frutos das primeiras implementações feitas desde a privatização e conseguiu fechar o gap de rentabilidade frente aos pares. 
 
Assim, se por um lado a BR já tem um histórico de realizações, por outro, as economias mais óbvias, também chamadas de “low hanging fruits, já foram colhidas, e as próximas etapas devem ser mais desafiadoras, ainda mais em um contexto de baixos volumes, com efeitos da pandemia, e ambiente de forte competição.
 
Em suma, apesar da recomendação Neutra, advinda do baixo potencial de valorização em relação ao nosso preço alvo de R$ 23,50 para o final de 2021, a BR é a empresa que vemos de forma mais otimista deste setor.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
DANIEL COBUCCI , analista senior do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: DANIEL COBUCCI. do BB INVESTIMENTOS





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