Ibovespa fecha na contramão do exterior
Índice Bovespa fecha em alta de 0,87%, a 48.096 pontos;
Dólar sobe 1,24% a R$ 3,6855
Nos mercados externos o dia foi de aversão ao risco diante das preocupações com a fraqueza econômica global e com uma queda dos preços do petróleo.
Pela manhã, as autoridades do BCE Banco Central Europeu, com o presidente Mario Draghi entre eles, reforçaram a preocupação com o cenário global, salientando que o banco está disposto a usar todas as ferramentas disponíveis para afastar o perigo de deflação.
Na Ásia as bolsas fecharam sem direção definida. Um grande motivo de preocupação dos investidores na região é a valorização do iene.
Na China, a expiração da proibição de venda de grandes investidores causou receio e levaram à queda dos índices.
Nos EUA, os principais índices acionários também recuaram, pressionados pelo temor sobre as perspectivas de fraco crescimento global, apesar do tom dovish da ata do FED divulgada ontem.
Bovespa
O índice Ibovespa abriu em alta, na contramão do exterior, e embora não tenha tido forças de elevar os ganhos ao longo da sessão, terminou o dia no território positivo. Em um pregão bem equilibrado, 39 ações fecharam em alta.
Os destaques foram Braskem PN (R$ 23,25; 6,15), que divulgou, na véspera, que a joint venture com um grupo mexicano produziu o primeiro lote de polietileno, com expectativa de que duas outras unidades comecem a operar ainda em abril. Outras destaques de alta foram:
RADL3 ( R$ 52,67; 5,32% );
BBSE3 ( R$ 29,15; 3,41% );
JBSS3 ( R$ 10,2; 3,13% );
BBAS3 ( R$ 18,74; 3,08% );
LREN3 ( R$ 20,39; 2,88% );
CESP6 ( R$ 15,12; 2,72% ) e
PETR3 ( R$ 9,94; 2,16% ).
Entre os papéis que terminaram em baixa (dezenove no total), a principal queda foi de Rumo ON (RUMO3; R$ 2,7; -16,92%), após reportagem veiculada na imprensa indicar que a concessionária ferroviária perdeu ação envolvendo um cliente de transporte de açúcar.
No final, o índice fechou em alta de 0,87%, a 48.096 pontos.
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de capital externo de R$ 154,101 milhões no dia 5, quando o índice registrou alta de 0,56%. O saldo acumulado de recursos externos em abril é positivo em R$ 41,542 milhões e, no ano, o saldo é positivo em R$ 10,598 bilhões.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial avançou 1,24%, fechando a R$ 3,6855, após o Banco Central voltar a atuar por meio de swap cambial reverso. O BC promoveu nesta sessão seu terceiro leilão do tipo no mês, que equivale a compra futura de dólares.
No mercado de juros futuros da BM&F, as taxas da maioria dos contratos mais longos avançaram hoje, refletindo o dólar e o ambiente externo de aversão a risco, além dos desdobramentos do cenário político. Ao término da negociação regular, o contrato de DI para janeiro de 2017 terminou em 13,76%, de 13,69% no ajuste anterior (+0,51%). O DI para janeiro de 2021 fechou em 14,34%, de 14,31% (0,21%). O CDS de 5 anos do Brasil – derivativo usado pelo mercado como medida de risco-país – se distanciou mais um pouco da mínima feita no dia 30/03 e foi negociado a 397 pontos-base.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado em 07.04.2016, elaborado por FÁBIO CESAR CARDOSO, CNPI-P, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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