Dólar cai para R$ 5,19 após Fed indicar que manterá estímulos
Bolsa de valores subiu 1,65% e volta a superar os 120 mil pontos
Em um dia de alívio global após o pronunciamento do presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell,o dólar caiu para menos de R$ 5,20 e recuou para o menor nível em três semanas. A bolsa de valores registrou forte alta e teve a primeira semana com ganhos após duas semanas consecutivas de baixa.
Dólar
O dólar comercial encerrou a 6ª feira, 27.08, vendido a R$ 5,196, com recuo de R$ 0,061 (-1,17%). A cotação abriu próxima da estabilidade, mas passou a despencar após a abertura do mercado nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana está no menor valor desde 4 de agosto, quando tinha fechado a R$ 5,186. A divisa acumulou queda de 3,52% na semana, o maior recuo desde a primeira semana de maio. O dólar registra queda de 0,28% em agosto e alta de apenas 0,13% em 2021.
Ibovespa e bolsa B3
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 120.678 pontos, com alta de 1,65%. O indicador encerrou a semana com alta acumulada de 2,22%, mas ainda registra queda de 0,92% em 2021.
FED
O discurso de Powell trouxe alívio aos mercados financeiros de todo o planeta. Em uma reunião de presidentes de Bancos Centrais, ele disse que a inflação alta nos EUA é transitória e afirmou que o órgão permanecerá cauteloso em relação a aumento nos juros básicos da maior economia do planeta, que estão entre 0% e 0,25% ao ano desde o início da pandemia.
Juros baixos por longo tempo em economias avançadas favorecem a entrada de recursos financeiros em países emergentes, como o Brasil. No cenário doméstico, os investidores receberam bem a indicação de que os três poderes pretendem encontrar uma solução para o pagamento de precatórios (dívidas do governo reconhecidas definitivamente pela Justiça) que respeite o teto de gastos.
Paralelamente, a aceleração da inflação, registrada na 5ª feira, 26.08, pelo IPCA-15, aumentou a expectativa de que o Banco Central pode aumentar o aperto monetário na reunião do COPOM Comitê de Política Monetária, no fim de setembro. Isso também estimularia a entrada de dólares no País.