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Investimentos

Quarta-Feira, Dia 28 de Abril de 2021 as 18:04:37



VALE - Resultado no 1º Trimestre/2021: Resultados Decolam


VALE  -  Resultado no 1º Trimestre/2021
 
Resultados decolam com o cenário favorável para mineração 
 
No último dia 26, a Vale divulgou os resultados do 1T21, com números bastante fortes, refletindo os preços elevados das commodities metálicas durante todo o período, mesmo considerando o trimestre sazonalmente mais fraco em termos de volume. 
 
A empresa reportou receita líquida de US$ 12,6 bilhões, EBITDA ajustado de US$ 8,35 bilhões (ou US$ 8,47 bilhões, desconsiderando as despesas relacionadas a Brumadinho) e lucro líquido recorde de US$ 5,5 bilhões. 
 
Diante dos resultados positivos e das perspectivas favoráveis para o segmento de mineração, mantemos o nosso preço-alvo 2021e para VALE US de US$ 23,50/ação e para a VALE3 de R$ 120,00/ação, com recomendação de Compra. 
 
Receitas dispararam
 
Apesar de apresentar volumes de produção e vendas abaixo das nossas estimativas para o trimestre, a redução de volumes foi parcialmente compensada por preços de venda superiores, dado que as cotações de minério de ferro, níquel e cobre se mantiveram em níveis elevados durante todo o trimestre, conforme adiantamos em nossa análise sobre o Relatório de Produção e Vendas do 1T21. 
 
A receita líquida de US$ 12,6 bilhões representa um aumento de 81,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma redução de 14,4% em relação ao 4T20 (vale ressaltar que a comparação com o mesmo período é mais adequada em função da sazonalidade).
 
Destaque para o segmento de minerais ferrosos, cujas vendas líquidas foram de US$ 10,5 bilhões (+83,1% a/a), dado que, além de preços mais altos de minério de ferro, também refletiu prêmios maiores (US$ 8,3/t vs. US$ 4,3/t no 4T20) capturados a partir de uma maior presença de minério de alta qualidade no mix de vendas.
 
O segmento de metais básicos registrou receita líquida de US$ 2 bilhões (+15,7% a/a), apesar de queda nos volumes, em função de preços médios realizados superiores em praticamente todos os produtos. 
 
Rentabilidade também reflete o cenário favorável. 
 
O EBITDA Ajustado de US$ 8,35 bilhões (+189,7% a/a e +96,9% t/t – lembrando que o 4T20 foi fortemente impactado pelas despesas adicionais relacionadas ao acordo de Brumadinho), representa uma margem de 66%.
 
O segmento de minerais ferrosos gerou um EBITDA de US$ 7,8 bilhões (vs. US$ 8,8 bilhões no 4T20). Em metais básicos, o EBITDA foi de US$ 1,0 bilhão, um pouco abaixo do 4T20 (US$ 1,1 bilhão).
 
Despesas relacionadas a Brumadinho, prejuízo da operação de carvão e outros fatores contribuíram negativamente para uma redução de ~US$ 470 milhões do EBITDA consolidado. 
 
Com relação ao carvão, cabe destacar que 
 
(i) houve parada para manutenção programada na operação de Moatize, iniciada em novembro/2020 e concluída em abril, que deverá trazer um incremento gradual na produção a partir do 2T21 e expectativa de geração de caixa positivo a partir de 2022; e que 
 
(ii) a Vale evoluiu no plano de saída desse segmento, com o anúncio recente da assinatura do contrato definitivo de aquisição da participação da Mitsui nesse ativos, que deixa a sociedade ainda em 2021, simplificando a governança em relação à busca de um terceiro para a venda dos mesmos. 
 
Acompanhando a boa performance operacional, e sem os impactos de Brumadinho e de impairment de ativos de níquel e carvão registrados no 4T20, o lucro líquido atingiu US$ 5,5 bilhões (+3.300% a/a e +750% t/t). Também contribuiu positivamente o resultado financeiro líquido, em função da variação cambial positiva de US$ 1,4 bilhão (sem efeito caixa). 
 
Alavancagem e alocação de capital. 
 
Com a forte geração de caixa, a Vale reduziu a dívida líquida expandida para US$ 10,7 bilhões (vs. US$ 13,3 bilhões no final de 2020), se aproximando de sua meta para o longo prazo, de US$ 10 bilhões. A empresa analisa revisar a meta, que foi estabelecida com preços de minério de ferro muito abaixo do patamar recente, mas pondera que, com o cenário de juros baixos, o benefício fiscal capturado com a alavancagem também é baixo, e pode não compensar o aumento do risco inerente a um endividamento mais elevado em uma indústria cíclica. 
 
Com relação às alternativas de alocação de capital, a empresa deverá continuar priorizando o pagamento de dividendos, inclusive acima do montante definido pela política de distribuição. Além disso, novos programas de recompra de ações, como o anunciado recentemente, poderão ser considerados. 
 
Segurança das operações e ESG.
 
Em linha com os trimestres anteriores, a Vale segue enfatizando a evolução da segurança de suas operações que, no 1T21, incluiu por exemplo a retirada do nível de emergência em 4 das 29 estruturas com essa classificação. Além da política de gestão de riscos, a companhia segue avançando no fechamento das lacunas mapeadas em 2019 em direção às melhores práticas ESG, que já somam 39 eliminações desde então.
 
A empresa lançou em abril o Relatório Integrado 2020, que detalha as iniciativas e metas de sua estratégia ESG, e reafirmou sua ambição de liderar a transição para uma mineração de baixo carbono, além de se tornar uma referência em ESG. 
 
Desempenho das ações e perspectivas 
 
Os papéis da Vale acumulam ganhos de 31,4% em 2021. Em nossa visão, esse movimento reflete, além do cenário favorável para mineração, as entregas da empresa em relação 
 
(i)   ao processo de aumento de segurança das operações (“de-risking”); 
(ii)  aos avanços em direção à eliminação dos redutores de caixa, como a operação de níquel de Vale Nova Caledônia e de carvão em Moatize (“re-shaping”); 
(iii)  à gradual retomada de capacidade de produção de minério de ferro; e 
(iv)  ao pagamento de dividendos. 
 
Apesar da valorização, as ações continuam sendo negociadas a múltiplos inferiores aos dos pares internacionais (BHP e Rio Tinto), e ao próprio patamar histórico de VALE3 anteriormente ao evento de Brumadinho. Acreditamos que, com a perspectiva de continuidade do cenário favorável para mineração ao longo de 2021, bem como dos avanços indicados acima, a empresa seguirá gradativamente melhor avaliada pelo mercado (“re-rating”). Além disso, a perspectiva de distribuição de proventos poderá incrementar o potencial retorno total ao acionista e, por estas razões, reiteramos nossa recomendação de Compra
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
MARY SILVA, analista senior do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARY SILVA, analista senior do BB INVESTIMENTOS





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