Pentágono: novo míssil norte-coreano ameaça comunidade internacional
Míssil percorreu trajetória de 1,5 mil km
Por meio de nota, o Pentágono informou, nesta 2ª feira, 13.09, que o lançamento de um novo míssil de cruzeiro de longo alcance pela Coreia do Norte representa "uma ameaça" aos países vizinhos e à comunidade internacional.
Segundo o comunicado, a atividade mostra "o desenvolvimento contínuo do programa nuclear da Coreia do Norte e as ameaças que isso representa para os vizinhos e para a comunidade internacional", afirmou o Pentágono.
Os EUA "vão continuar a acompanhar a situação e a consultar de perto os seus aliados e parceiros", acrescentou, na nota, o Comando Indo-Pacífico norte-americano.
Os EUA reiteraram ainda o compromisso, "resistente a todas as provas", de defender a Coreia do Sul e o Japão contra Pyongyang. Cerca de 28,5 mil soldados norte-americanos estão no sul da península.
A Coreia do Norte executou com sucesso teste com novo "míssil de cruzeiro de longo alcance" no fim de semana, anunciou a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.
Os disparos do teste, feito no sábado e no domingo, ocorreram na presença de autoridades norte-coreanas, informou a KCNA, que também confirmou o êxito dos ensaios.
Os mísseis percorreram trajetória de 1,5 mil quilômetros, antes de atingir o alvo, não especificado pela agência.
Diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU Organização das Nações Unidas proíbem a Coreia do Norte de prosseguir com os seus programas de armamento nuclear e de mísseis balísticos.
Apesar de atingido por múltiplas sanções internacionais, o país reforçou nos últimos anos a capacidade militar, sob a liderança de Kim Jong-un. E a Coreia do Norte fez diversos ensaios nucleares e testou com sucesso mísseis balísticos capazes de atingirem os EUA.
Nota da Redação JF
O sucesso da estratégia de Kim Jong-un resultou na disposição do governo Donald Trump de sentar-se à mesa de discussões, algo que Barac Obama e George W. Bush jamais ousaram sequer imaginar. O poder de dissuasão das armas atômicas da Coreia do Norte e, notamente, seus mísseis com ogivas nucleares de longo alcance, capazes de arregar as bombas atômicas miniaturizadas, já desenvolvidas, e atingir qualquer ponto do território norte-americano, compõem barreira poderosa às ameaças insanas de completa devastação da Coreia do Norte vociferada pelos falcões da ultra-direita belicista bi-partidária que domina de há muito o Pentágono e o Departamento de Estado norte-americano.
A estratégia norte-coreana não resultou do pretenso belicismo inconsequente de um ditador, na expressão do governo americano, mas de ameaças concretas de invasão do território norte-coreano e sua destruição, formuladas por George W. Bush no Discurso do Estado da União, perante o Congresso, em 2002, ao lançar sua Doutrina Bush.
Nesse discurso Bush declarou que os EUA implementariam uma política de ataques militares preventivos contra nações alegadamente que estariam apoiando organizações terroristas. Bush mencionou o Iraque, a Coreia do Norte e o Irã como nações integrantes do "Eixo do Mal", que seriam grande ameaça à paz mundial.
Depois disso, o Iraque foi invadido e destruido pelos EUA e pelo Reino Unido, em 2003, sob a falsa alegação de armazenar armas químicas e de destruição em massa. À destruição do Iraque seguiram-se a destruição da Síria e do Líbano, em "primaveras árabes" cujo objetivo sempre foi o de alçar ao poder títeres filo-americanos e, no caso específico da Síria, desalojar de seu território a base militar russa que permite acesso facilitado ao Mar Mediterrâneo à Rússia. Lembremo-nos também que nesses dias de setembro de 2021, as forças norte-americanas roubam diariamente cerca de 150.000 barris de petróleo extraído do território da Síria.
Nesse quadro de rapinagem e destruição de países promovido pelo Pentágono e Departamento do Estado, nada mais lógico que Coreia de Norte e Irã tenham com afinco se dedicado -- após a ameaça formulada por George W. Bush, de destruição dos três países intengrantes do Eixo do Mal -- ao desenvolvimento acelerado de bombas nucleares e mísseis de longo alcance, destinados a dissuadir os falcões da rapina.