Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Política

20 de Agosto de 2021 as 07:08:46



CPI DA PANDEMIA - Dono da Precisa nega-se a responder a perguntas


Dono da Precisa se nega a responder a perguntas na CPI da Pandemia
 
Empresário está amparado por habeas corpus concedido pelo STF
 
Um dos depoimentos mais aguardados pelos senadores que integram a cúpula da CPI Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia do Senado, o do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, acabou sem o efeito esperado nesta 5ª feira, 19.08.
 
Diante dos parlamentares, depois de quatro tentativas de ouvi-lo na CPI, o empresário se recusou a firmar o compromisso de falar a verdade e abriu mão de usar os 15 minutos iniciais antes de começarem as perguntas dos senadores.
 
Amparado por habeas corpus, concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, o empresário seguiu a estratégia usada na 5ª feira, 18.08, pelo advogado da Precisa Medicamentos, Túlio Silveira e optou por exercer seu direito constitucional de ficar em silêncio.
 
Na reunião, o empresário disse que o contrato de compra da vacina indiana Covaxin, produzida pelo laboratório Bharat Biotech, envolvia 20 milhões de doses a US$ 15 por unidade. Perguntado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o motivo de o valor da Covaxin ser cerca de 50% mais alto do que o das outras vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde, o empresário disse que não foi o responsável pela precificação.
 
"Quem determina o preço de venda da vacina não é a Precisa, mas sim a Bharat Biotech. Tem uma política internacional de preços e nós conseguimos que ela fosse praticada no seu piso para o governo brasileiro, com frete, seguros e todas as despesas envolvidas",
 
argumentou Maximiano.
 
Renan Calheiros lembrou que documentos do Itamaraty obtidos pela comissão estimam outros valores, bem inferiores, aos US$ 15 cobrados pela Precisa do Ministério da Saúde na negociação.
 
A Precisa ganhou as atenções da comissão por ter sido a empresa que atuou como intermediária entre a Bharat Biotech e o Ministério da Saúde na negociação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. Diante de suspeitas de irregularidades, o contrato foi cancelado pelo Ministério da Saúde.
 
Barros
 
Entre as poucas perguntas que concordou em responder, Maximiano confirmou ao relator do colegiado que conhece o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O sócio da Precisa também reconheceu que a emenda apresentada pelo deputado para inclusão da agência sanitária indiana na Medida Provisória (MP) 1.026/2021, convertida na Lei 14.124, de 2021, era de interesse da empresa. Apesar disso, o empresário disse que não tratou sobre o assunto com Barros.
 
“Quando digo que era do interesse porque, por óbvio, ela tornava a Covaxin elegível também, assim como outras, de outras autoridades. Mas não houve absolutamente nenhum contato com o deputado Ricardo Barros, tampouco com outro para se fazer essa inclusão”,
 
ressaltou Maximiano.
 
Silêncio
 
Ao longo do depoimento, Francisco Maximiano foi alertado diversas vezes por senadores por abusar do direito de ficar calado. O vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), chegou a pedir a suspensão da reunião para nova consulta ao STF Supremo Tribunal Federal sobre os limites do habeas corpus concedido ao depoente, mas foi convencido que não seria uma boa estratégia por outros senadores de oposição.
 
De acordo com embargo declaratório sobre essa questão já expedido pelo presidente do STF, Luiz Fux, cabe ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), a subjetividade para decidir o que deve ou não ser respondido pelo depoente respeitando o limite do que possa incriminá-lo.
 
Na avaliação da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), a decisão de Fux abre margem para dar voz de prisão para testemunha que abuse do direito de ficar calado por crime de falso testemunho.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
DESENVOLVIMENTO - Movimentos sociais lançam frente pro desenvolvimento 06/09/2015
DESENVOLVIMENTO - Movimentos sociais lançam frente pro desenvolvimento
 
LAVA JATO - Presidente da CCJ e delator são denunciados por Janot ao STF 05/09/2015
LAVA JATO - Presidente da CCJ e delator são denunciados por Janot ao STF
 
REFORMA POLÍTICA - Senado muda regras para eleição proporcional 03/09/2015
REFORMA POLÍTICA - Senado muda regras para eleição proporcional
 
DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO - Solução poderá vir do Congresso, afirma Renan 02/09/2015
DÉFICIT ORÇAMENTÁRIO - Solução poderá vir do Congresso, afirma Renan
 
DROGAS - Descriminalização do porte não será unanimidade, diz ministro Fux 02/09/2015
DROGAS - Descriminalização do porte não será unanimidade, diz ministro Fux
 
LEVY  01/09/2015
LEVY "Estados arrecadam mais, mas aumentam gastos e se endividam"
 
HÉLIO BICUDO protocola 21º pedido de Impeachment de Dilma Rousseff 01/09/2015
HÉLIO BICUDO protocola 21º pedido de Impeachment de Dilma Rousseff
 
GILMAR MENDES reitera pedido de investigação da campanha de Dilma à Janot 01/09/2015
GILMAR MENDES reitera pedido de investigação da campanha de Dilma à Janot
 
AÉCIO NEVES - TSE identifica doação de campanha não declarada de R$ 2 milhões da Odebrecht 31/08/2015
AÉCIO NEVES - TSE identifica doação de campanha não declarada de R$ 2 milhões da Odebrecht
 
ORÇAMENTO 2016 trata com transparência o déficit previsto, segundo Temer 31/08/2015
ORÇAMENTO 2016 trata com transparência o déficit previsto, segundo Temer
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites