Ibovespa acompanhou otimismo externo e avançou, em dia de dados de crédito do Bacen e CAGED
O Ibovespa encerrou a sessão desta 4ª feira em leve alta, aos 49.482 pts (+0,28%), passando a acumular -0,48% na semana, -8,21% no mês, +14,15% no ano e -9,39% em 12 meses.
O mais fraco giro financeiro da Bovespa foi de R$ 5,51 bilhões, sendo R$ 5,28 bilhões no mercado à vista, com o índice doméstico movimentando R$ 4,08, bilhões.
Capitais Externos na Bovespa
No dia 23 (último dado disponível), houve saída de capital externo de R$ 35,56 milhões da bolsa, que acumula agora saldo negativo de R$ 1,70 bilhão em maio, mas, ingresso líquido de R$ 11,59 bilhões no ano.
Na agenda de indicadores (pg.3), internamente, destacou-se a divulgação, pelo Bacen, da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, além da divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos contabilizados até o mês de abril.
O primeiro denotou a continuidade da retração do crédito de maneira geral, bem como um já esperado aumento, ainda que marginal, no índice de inadimplência, especialmente impactado pelo segmento pessoa jurídica.
Já o segundo registrou perda líquida de 62,8 mil postos de trabalho, em linha com as estimativa do mercado, em negativos 62,5 mil. O número, apesar de negativo, corrobora a visão de que o primeiro trimestre deste ano deve ter sido o “fundo do poço” em termos macroeconômicos, já que a retração é significativamente menor tanto em comparação com março deste ano (-118,7 mil), quanto em relação a abril de 2015 (-97,8 mil).
De outra mão, na pauta da equipe econômica do governo Temer, o anúncio dos nomes que assumirão o comando dos bancos públicos foi postergado para a próxima semana.
Na agenda internacional, se sobressaíram os dados dos EUA. O resultado preliminar do PMI (Índice dos Gerentes de Compras) do setor de serviços frustrou os analistas, mas, mesmo mostrando recuo nesta divulgação, permaneceu acima de 50 - patamar que separa a expansão da contração do indicador.
Os estoques semanais de petróleo apresentaram queda de 4,27 milhões de barris na semana encerrada em 20 de maio, para 537,1 milhões de barris, versus a semana anterior. A baixa veio maior do que a previsão dos agentes e ajudou a impulsionar a cotação dos contratos futuros de petróleo dos tipos Brent e WTI hoje.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o dólar norte-americano tornou a apreciar-se contra o real, encerrando esta sessão cotado no interbancário a R$ 3,591 (+0,56%), mantendo-se acima do importante nível de R$ 3,50 pelo sexto pregão consecutivo.
O CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país) recuou ligeiramente, e fechou o dia em 351 pts, ante 355 pts na véspera, bem como ainda acima do importante nível de 330 pts. No mercado de juros futuros na BM&F, dia de alta em praticamente todos os vencimentos, acompanhando o deslocamento do dólar.
Nos mercados estrangeiros, predominou o otimismo: as bolsas asiáticas operaram majoritariamente em alta, enquanto na Europa, os mercados também subiram, na esteira da valorização do petróleo e avanços nos tratados do resgate financeiro da Grécia.
Confira no anexo a íntegra da análise do comportamento do mercado nesta 4ª feira, 25.05.2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, ambos do BB INVESTIMENTOS.