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Economia e Finanças

08 de Junho de 2021 as 21:06:29



COMIDA A QUILO - Crise levou 40% dos Restaurantes ao Fechamento


Crise leva ao fechamento de 40% dos restaurantes de comida a quilo
 
Número de estabelecimentos caiu de 200 mil para 120 mil no País
 
A ABRASEL Associação Brasileira de Bares e Restaurantes estima que 40% dos restaurantes especializados em comida a quilo fecharam no país devido à crise econômica causada pela pandemia de covid-19.
 
O Brasil tinha cerca de 200 mil estabelecimentos desse tipo, e a estimativa atual é de que esse número tenha caído para 120 mil.
 
Nas regiões com grande concentração de escritórios, as medidas de restrição e o grande número de pessoas em  trabalho remoto reduziram o movimento nos estabelecimentos de refeição rápida. Segundo a Abrasel, os restaurantes por quilo ou self-service, que tinham grande procura antes da crise,  atualmente têm menos de 10% do movimento pré-pandemia.
 
O empresário Renato Rezemini fechou as portas do restaurante por quilo que tinha em um bairro comercial na zona sul de São Paulo, mas conseguiu manter outro estabelecimento à la carte, em que os clientes escolhem os pratos em um cardápio, mas o movimento ainda é baixo.
 
“Eu tinha uma média de 350, 400 refeições por dia; hoje eu faço 40 refeições por dia, incluindo as entregas. Praticamente inviável, todo mês a gente cava mais um pouco do buraco, entra mais um pouco no negativo”,
 
lmentou.
 
Rezemini disse que o serviço de entregas não resolve o problema dos restaurantes, especialmente aqueles localizados em bairros comerciais, onde a circulação de pessoas diminuiu muito devido ao trabalho remoto. “Então, não tem pra quem entregar”, acrescentou.
 
O setor de serviços tem sofrido os impactos das incertezas relacionadas ao avanço da pandemia e à necessidade da quarentena,para manter tanto as portas abertas quanto os empregos. De acordo com a Abrasel, as dificuldades devem permanecer mesmo depois da pandemia.
 
“Dependendo da situação, do capital de giro que tinha, da sua capacidade, isso aí vai de três a cinco anos”,
 
disse o presidente do Conselho de Administração Abrasel, Joaquim Saraiva.
 
335 mil bares e restaurantes fecharam
 
A Abrasel informou que cerca de 335 mil bares e restaurantes encerraram as atividades definitivamente no país, considerando todos os segmentos, com uma extinção de 1,3 milhão de postos de trabalho.
 
Ainda segundo a associação, só no estado de São Paulo, 50 mil estabelecimentos fecharam as portas definitivamente durante a pandemia, sendo 12 mil apenas na capital paulista, também levando em conta todos os segmentos.
 
“O setor de bares e restaurantes é um dos que mais contam com pequenos empreendedores no país e, destes, a maioria está endividada. Muitos estabelecimentos são pequenos negócios e até mesmo negócios familiares, o que dificulta a renegociação de dívidas e a quitação de pendências fiscais”,
 
ressaltou o economista Thomas Carlsen, cofundador da Mywork, startup especializada em gestão de departamento de pessoal para pequenas e médias empresas.
 
Manter seu restaurante durante a pandemia está sendo extremamente difícil para a empresária Maria Teresa Dias:
 
“A gente está em uma área estritamente comercial, só tem escritório e lajes corporativas, e as empresas não estão trazendo os funcionários [para trabalho presencial].”
 
Com a clientela atual, disse Maria Teresa, não é possível pagar as contas como antes. A empresária conseguiu negociar com o proprietário do imóvel e não está pagando o aluguel do restaurante neste momento. Um acordo com seus funcionários também gerou economia, com o objetivo de evitar demissões.
 
Maria Teresa lembrou que, antes da quarentena, às quintas-feiras, atendia cerca de 550 pessoas. Na última quinta, porém, atendeu apenas 36.
 
“Na sexta-feira, eu tinha fila de espera aqui para entrar no restaurante. Quinta e sexta-feira eram os meus melhores dias. E hoje eu estou fechada na sexta-feira, porque não tenho cliente.”
 
Para Carlsen, o fechamento de portas não representa apenas um encolhimento na economia, mas também a extinção de milhões de postos de trabalho, o que só aumenta as taxas de desemprego no País.
 
“A sobrevivência de restaurantes por quilo e de tantos outros empreendimentos do setor depende diretamente da aceleração da vacinação”,
 
acrescentou.


Fonte: AGENCIA BRASIL.





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