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Política

Sexta-Feira, Dia 11 de Setembro de 2015 as 01:09:20



FIESP & FIRJAN culpam governo pelo rebaixamento da classificação de risco na S&P


Fiesp e Firjan culpam governo pelo rebaixamento do Brasil em agência de risco
 
Em nota conjunta sobre a perda do grau de investimento do Brasil na classificação de risco da  agência Standard & Poor's, os presidentes da FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e da FIRJAN Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, respectivamente Paulo Skaf e Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disseram estar perplexos “com a inação do governo diante da deterioração crescente do quadro econômico do país”.
 
Para eles, a perda do grau de investimento “é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos”.
 
Na nota, os presidentes das duas federações pedem que o governo implemente um “rigoroso ajuste fiscal no país”, baseado em cortes de despesas, e repudiam “com ênfase” novos aumentos de impostos:
 
“Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado”.
 
“Só reformas estruturais de longo prazo recolocarão o Brasil no rumo do crescimento econômico e geração de emprego. O setor produtivo precisa de menos tributos para voltar a dar conta de girar a roda da economia”,
 
afirmam os presidentes na nota conjunta, ressaltando que, até o final do ano o país corre o risco de ter 1,5 milhão de postos de trabalho perdidos caso nada seja feito.
 
“O Brasil não pode mais esperar”,
 
dizem eles no final do texto.
 
Para o presidente em exercício da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) Roberto Mateus Ordine, a retirada do grau de investimento do país pela agência Standard and Poor's vai exigir que o governo corte gastos.
 
“Não faltaram avisos, das agências de risco e do mercado, de que haveria esse rebaixamento. Agora, resta ao governo brasileiro cortar gastos, se conscientizar de que parte do esforço precisa vir dele próprio, e rapidamente, antes que as outras agências também rebaixem o Brasil, o que geraria disparada do dólar e levaria a inflação aos dois dígitos - e isso justamente agora, que a inflação começa a se estabilizar”,
 
disse Ordine, por meio de nota.
 
Segundo ele, o governo precisa fazer os cortes de gastos, e de forma rápida, para não agravar a recessão e o desemprego no país.
 
“O setor privado não pode arcar com novos aumentos tributários sob pena de agravar mais a recessão e o desemprego. O governo precisa fazer a parte dele no ajuste, conforme prometido; precisa cortar e postergar gastos para obter superávit. Rejeitamos qualquer proposta de aumento porque isso já foi feito”.
 
Para o presidente do SINDUSCON-SP Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo, José Romeu Ferraz Neto, o rebaixamento da nota do país é “um cenário terrível para o setor”, que representa 50% do investimento do PIB nacional e
 
“precisa intensamente de crédito para produzir”.
 
Para ele, o setor vai ser afetado por uma menor entrada de capital.
 
“A recessão pode ser mais dura e prolongada e a recuperação será mais lenta e a construção não reage no curto prazo”.
 
Em agosto, o sindicato revisou sua projeção do PIB da construção para o ano de uma retração de 5,5% para uma queda de 7%.
 
Confira a seguir a íntegra do texto da FIESP & FIRJAN
 
 
FIESP E FIRJAN DIVULGAM NOTA OFICIAL SOBRE REBAIXAMENTO DE NOTA DO BRASIL
 

A Fiesp e a Firjan vêm a público expor sua perplexidade com a inação do Governo diante da deterioração crescente do quadro econômico no país.

A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos.

A sucessão de erros foi coroada pelo envio ao Congresso Nacional da peça orçamentária do próximo ano com previsão de déficit de mais de R$ 30 bilhões. Assim, o Poder Executivo abriu mão de uma de suas prerrogativas mais básicas: a iniciativa de propor ao Legislativo o ordenamento das receitas e despesas públicas segundo suas prioridades. Com esse ato, o governo abriu mão de governar.

Não há uma estratégia clara sobre o que fazer para lidar com crise tão aguda, nem parece haver a capacidade de empreender o esforço tão necessário de entendimento nacional que viabilizaria a adoção de um programa consensual de ajustes na esfera econômica.

É mais do que passada a hora de implementar um rigoroso ajuste fiscal no país. Não um ajuste de mentirinha. O Brasil clama por um ajuste fiscal de verdade e baseado em cortes de despesas.

O país repudia com ênfase novos aumentos de impostos. Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado.

Só reformas estruturais de longo prazo recolocarão o Brasil no rumo do crescimento econômico e geração de emprego. O setor produtivo precisa de menos tributos para voltar a dar conta de girar a roda da economia. É o contrário do que o Governo propõe.

É preciso adotar uma regra de ouro para as despesas públicas a fim de que não possam elevar-se acima da taxa de crescimento do PIB.

É vital que se implemente um programa ousado de venda de ativos públicos, que poderia amenizar a necessidade de arrecadação de recursos. É hora de assumir responsabilidades e abandonar a letargia e a inação!

É evidente a boa vontade dos empresários em colaborar para um entendimento nacional. Mas é preciso que haja uma contrapartida, um rumo, um norte. É tudo o que o Brasil não enxerga hoje.

O tempo corre contra o país. Já se perdeu o grau de investimento. Até o final do ano, podemos ter 1,5 milhão de postos de trabalho perdidos.

O atual ambiente de incerteza penaliza corporações brasileiras de todos os tamanhos. As pequenas e médias empresas estão sufocadas. Muitas lutam apenas para sobreviver. Outras fecham suas portas.

É em nome de cada uma destas empresas e de seus trabalhadores que FIRJAN e FIESP vêm a público para cobrar um posicionamento firme e propostas concretas que exponham um plano para superar a grave crise em que o país foi colocado.

A disposição de colaborar é permanente, mas não incondicional. É preciso constatar que há uma contrapartida de quem tem a responsabilidade de conduzir o país.

O Brasil não pode mais esperar !

Paulo Skaf, presidente da Fiesp

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan



Fonte: Agência Brasil, FIESP & FIRJAN





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