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Política

14 de Março de 2016 as 18:03:45



LULA - Conheça aqui o depoimento de Lula à polícia federal


Lula diz à Polícia Federal que ofensas farão com que se candidate em 2018
 
 
[ Confira no anexo a íntegra do depoimento de LULA á Política Federal
Acesse o anexo ao final desta página ]
 
 
 
A Justiça Federal do Paraná disponibilizou nesta 2ª feira, 14.03, em seu sistema processual, o depoimento prestado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Polícia Federal (PF) no último dia 4.
 
Ele prestou depoimento quando a PF deflagrou a 24ª fase da Operação Lava Jato, denominada Aletheia, que apura pagamento de empreiteiras por palestras de Lula e repasse de construtoras ao Instituto Lula.
 
No depoimento, Lula foi questionado sobre o apartamento tríplex no Guarujá (SP). Segundo promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo, o apartamento tríplex seria “destinado” ao ex-presidente Lula e sua família. Lula disse que o apartamento não pertence a ele.
 
O ex-presidente disse ainda que pretende se candidatar na eleição presidencial de 2018.
 
"Vou ser candidato à Presidência em 2018 porque acho que muita gente que fez desaforo pra mim vai aguentar desaforo daqui pra frente",
 
disse no depoimento.
 
 
Apartamento Triplex
 
Ao falar sobre o tríplex, Lula negou ser dono do apartamento, que, segundo ele, era pequeno.
 
“Era muito pequeno, os quartos, era a escada muito, muito... Eu falei ‘Léo, é inadequado para um velho como eu, é inadequado.’ O Léo falou ‘Eu vou tentar pensar um projeto pra cá.’ Quando a Marisa voltou lá não tinha sido feito nada ainda. Aí eu falei pra Marisa: ‘Olhe, vou tomar a decisão de não fazer, eu não quero’”,
 
disse o ex-presidente em seu depoimento.
 
Além da estrutura do apartamento, Lula disse ainda que concluiu ser “inútil” ter um apartamento na praia.
 
“Uma das razões é porque eu cheguei à conclusão que seria inútil pra mim um apartamento na praia, eu só poderia frequentar a praia no Dia de Finados, se estivesse chovendo. Então, eu tomei a decisão de não ficar com o apartamento”,
 
afirmou.
 
No depoimento, o ex-presidente fez várias críticas, inclusive, a muitos que pensam que o imóvel seria dele.
 
"Na verdade, quem deveria estar prestando depoimento aqui não era eu, era o procurador que disse que eu sou dono do apartamento, tem que provar que é meu".
 
O ex-presidente criticou também a imprensa e disse que a PF "inventou" a história do triplex, que é "uma sacanagem homérica".
 
“Eu acho que eu estou participando do caso mais complicado da história jurídica do Brasil, porque tenho um apartamento que não é meu, eu não paguei, estou querendo receber o dinheiro que eu paguei, um procurador disse que é meu, a revista Veja diz que é meu, a Folha diz que é meu, a Polícia Federal inventa a história do triplex que foi uma sacanagem homérica, inventa história de triplex, inventa a história de uma offshore do Panamá que veio pra cá, que tinha vendido o prédio, toda uma história pra tentar me ligar à Lava Jato, toda uma história pra me ligar à Lava Jato, porque foi essa a história do tríplex”,
 
disse.
 
 
Eleições 2018
 
Em determinado momento, o ex-presidente abordou a possível candidatura nas eleições de 2018. Ao responder uma pergunta do delegado sobre João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT) e a afirmação de delatores sobre a responsabilidade de Vaccari “para recebimento de valores decorrentes de fechamento de contrato de percentual” e se o ex-presidente teria conhecimento sobre isso, Lula explicou que Vaccari era um “companheiro extraordinário” e que não acredita que ele tenha acertado percentuais com empresas. 
 
“Eu não acredito que o Vaccari tenha acertado percentual com empresa pra receber, não acredito, não acredito. Acontece que no Brasil nós estamos vivendo um período, desde o mensalão, que as pessoas não têm que ser culpadas; ele não será condenado pelo julgamento apenas, ele será condenado pelas manchetes dos jornais”.
 
O ex-presidente completou dizendo que será candidato nas próximas eleições.
 
“É o que estão tentando fazer comigo agora, só que o que estão tentando fazer comigo vai fazer com que eu mude de posição, eu que estou velhinho, estava querendo descansar, vou ser candidato à Presidência em 2018 porque acho que muita gente que fez desaforo pra mim vai aguentar desaforo daqui pra frente. Vão ter que ter coragem de me tornar inelegível”.
 
Sobre o sítio em Atibaia, o ex-presidente afirmou que pertence a Fernando Bittar e Jonas Suassuna.
 
“Eu, na verdade, quero falar pouco do sítio, porque eu não vou falar do que não é meu. Quando vocês entrevistarem os donos do sítio eles falarão pelo sítio”. 
 
Lula confirmou que frequentava a localidade. Quando questionado sobre reformas no sítio, o ex-presidente disse não ter percebido se foram feitas mudanças e ao ser questionado se sabia se alguma construtora teria feito algo na propriedade, Lula respondeu que a pergunta deveria ser feita aos proprietários. Sobre se tinha conhecimento se o pecuarista José Carlos Bumlai teria sido procurado para tratar de reformas no sítio, o presidente fez apenas sinal negativo com a cabeça.
 
Instituto Lula
 
O depoimento foi iniciado com perguntas sobre o Instituto Lula. A respeito das doações feitas ao instituto, o ex-presidente disse que elas são feitas sem contrapartida e que os gastos da instituição não são autorizados por ele.
 
“Eu não autorizo porque, no instituto hoje, eu sou só presidente de honra e você sabe que se um dia você for presidente de honra da Polícia Federal aqui, você não representa mais nada, ou seja, então o presidente de honra é um cargo de honra só, eu não participo das reuniões da diretoria, eu não participo das decisões, porque o instituto tem uma diretoria própria”.
 
O ex-presidente disse também que nunca procurou empresas para pedir dinheiro para o instituto.
 
“Não, porque não faz parte da minha vida política, ou seja, eu desde que estava no sindicato eu tomei uma decisão: eu não posso pedir nada a ninguém porque eu ficaria vulnerável diante das pessoas”.
 
Sobre se é comum que empresas procurem o instituto, espontaneamente, para fazer doações, Lula respondeu que não.
 
“Não. Aliás, eu não conheço ninguém que procura ninguém espontaneamente para dar dinheiro, nem o dízimo da igreja é espontâneo, se o padre ou o pastor não pedir, meu caro, o cristão vai embora, vira as costas e não dá o dinheiro, então dinheiro você tem que pedir, você tem que convencer as pessoas do projeto que você vai fazer, das coisas que você vai fazer”.
 
O ex-presidente foi perguntado também se seria possível que o presidente do instituto, Paulo Okamotto, ou a integrante da diretoria, Clara Ant, tenham feito pedidos de doação a empresas como, por exemplo, a construtora Camargo Corrêa.
 
“É possível, é possível”,
 
respondeu, dizendo que o mesmo se aplicaria a outras construtoras citadas pelo delegado como OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez. No entanto, Lula disse não saber se todas as empresas fizeram doações ao instituto.
 
O depoimento termina com o ex-presidente dizendo esperar que seja feito pedido desculpas a ele.
 
“Eu espero que quando terminar isso aqui alguém peça desculpas. Alguém fale: “Desculpa, pelo amor de Deus, foi um engano”.
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do depoimento de LULA á Política Federal

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Fonte: AGENCIA BRASIL





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