Por aclamação, PMDB decide deixar a base do governo Dilma
Por aclamação, o Diretório Nacional do PMDB decidiu deixar, nesta 3ª feira, 29.03, a base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff.
A decisão foi anunciada pelo senador Romero Jucá (RR), vice-presidente da legenda, que substituiu o presidente nacional do partido, Michel Temer, vice-presidente da República.
O PMDB também decidiu que os ministros do partido deverão deixar os cargos. Participaram da reunião mais de 100 membros do Diretório Nacional do PMDB.
Ministro do PMDB continua na pasta de Ciência e Tecnologia
No mesmo dia em que o PMDB divulga se continua no governo, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, compareceu na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado para tratar dos desafios da pasta este ano. Pansera ocupa um dos sete ministérios sob o comando do PMDB e é um dos que sempre defenderam a permanência do partido no governo.
Perguntado pelo presidente da comissão, senador Lasier Martins (PDT-RS), sobre como ficaria a pasta diante da decisão do partido de deixar a base governista, Pansera, que está licenciado do mandato de deputadio federal desde que foi empossado ministro (outubro do ano passado), destacou que é contrário ao impeachment.
"Como deputado vou votar contra, eu acho que não existe ainda fato que determine o impeachment, essa é uma batalha minha.”
O ministro disse ainda que não se convenceu dos argumentos apresentados pela OAB Ordem dos Advogados do Brasil no novo pedido de impedimento da presidenta da Dilma Rousseff, protocolado na Câmara dos Deputados em 29.03.
“Estamos cuidando do ministério e vamos ter serenidade para avaliar os próximos fatos. Não acho que a luta política tem que ser levada a esse extremo de você desmontar equipes que estão tocando ministérios",
destacou.
"Comuniquei essa minha disposição à presidenta e dependendo da resolução ela que vai nos convidar ou não a permanecer. Também comuniquei ao vice-presidente a minha disposição. Por mim, a minha equipe continua trabalhando lá no ministério até que essa crise tenha um desfecho”,
acrescentou.
O ministro ressaltou ainda que vai manter a agenda de trabalho normalmente e na tarde desta 3ª feira, 29.03, irá cumprir compromissos na Bahia.