Balança comercial chinesa impulsiona os mercados
O mercado segue o otimismo desta semana reagindo positivamente aos números melhores do que o esperado do saldo de exportações da China com base em março divulgados esta manhã, (exportações +11,5% a/a contra estimativa de +10% e importações -7,6% a/a contra estimativa de -10,1%) que por sua vez impulsionam os preços das commodities metálicas no mercado externo.
Na Ásia os índices SSECO da China e Nikkei do Japão fecharam com alta de 1,42% e 2,84% respectivamente, enquanto na Europa os índices FTSE (Londres), CAC (Paris), DAX (Frankfurt) valorizam-se 1,93%, 3,32% e 2,71%.
Na contramão, a cotação dos contratos futuros do barril de petróleo arrefece e passa por um ajuste após atingir nas negociações de ontem seu maior patamar nos últimos 4 meses.
O Brent com vencimento para junho finaliza a sessão cotado a US$ 44,18 em queda de 1,14%, e o WTI com vencimento para maio a US$ 41,76 caindo 0,97%, refletindo o aumento dos estoques da commodity nos EUA e temores quanto à reunião dos produtores a acontecer em Doha no próximo domingo.
No Brasil o cenário converge com o internacional. Impulsionado principalmente pelas forte alta das empresas do setor de siderurgia, o Ibovespa finalizou a sessão desta quarta-feira em 53.149,84 pontos, alta de 2,21% em relação ao fechamento da sessão anterior.
Os destaques do pregão desta quarta-feira ficam por conta de Cia. Siderúrgica Nacional (CSNA3: R$ 13,02 +20,33%), Gerdau Metalúrgica (GOAU4: R$ 2,96 +13,41%) e Usiminas (USIM5: R$ 2,22 +11,56%).
No cenário econômico doméstico destaca-se novamente um dia com atuação muito significativa por parte do Bacen no leilão de contratos de swap cambial reverso, que na prática é uma operação análoga à compra futura de moeda estrangeira.
A paridade finalizou a sessão de negociação em R$ 3,4898, praticamente estável com variação de apenas 0,04% em relação à data de ontem, mas com significativa volatilidade durante a sessão (vide gráfico).
A melhoria do sentimento futuro quanto a Brasil por conta dos agentes de mercado refletiu-se também no mercado de juros e no CDS. A ponta da curva de juros do DI futuro apresenta acentuada queda, assim como o CDS brasileiro de 5 anos, que atingiu seu menor patamar desde agosto de 2015, cotado a 343,6 pbs.
Na agenda do dia também merecem destaque os dados de inflação ao produtor nos EUA (PPI) que vieram abaixo das estimativas de mercado. Na base mensal de comparação fevereiro/março o índice apresentou queda de 0,1% contra estimativa de alta de 0,3%, refletindo principalmente a menor força da economia global e os menores custos com energia derivados dos preços do petróleo, que embora tenha apresentado recuperação recente está em patamares considerados baixos desde 2014.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 13.04.2016, elaborado por RAFAEL FREDA REIS, CNPI, do BB INVESTIMENTOS.