Diário de Mercado na 5ª feira, 14.04.2016
Realização no mercado doméstico
Em uma sessão marcada por movimentada agenda de indicadores internacionais, o mercado apresentou certa volatilidade e performances com viés para o lado positivo.
Na Ásia as bolsas operaram em alta, com destaque para o Índice Nikkei no Japão, que saltou 3,23% refletindo a possibilidade de novos estímulos econômicos por parte do governo. Na China o índice SSECO teve alta de 0,51%, e importantes dados sobre a economia do país, como o PIB, são esperado para essa noite.
Na Europa, os índices FTSE (Londres), Dax (Frankfurt) e CAC (Paris) valorizam-se respectivamente 0,03%, 0,67% e 0,47%.
O contrato futuro do petróleo Brent para junho na bolsa de Londres recua 0,77%, cotado a US$ 43,84 por barril.
Alguns destaques da agenda internacional foram a inflação ao consumidor - IPC - na Zona do Euro (+1,2% m/m e 0% a/a, em linha com o consenso, respectivamente +1,2% e -0,1%), e também dos EUA (+0,1% m/m e +0,9% a/a, ambos 10 pbs abaixo de seus consensos, respectivamente +0,2% e +1,0%).
Também nos EUA os novos pedidos de auxílio desemprego, estimados em 270 mil vieram abaixo dos prognósticos, em 253 mil. No Reino Unido foi divulgada a já esperada manutenção da taxa de juros em 0,5% a.a.
Bovespa
No mercado doméstico, o Ibovespa, após transitar em território positivo pela manhã devolveu parte dos ganhos das últimas sessões e fechou no negativo, caindo 1,39%, a 52.411,02 pontos.
As ações que puxam a queda do índice são praticamente as mesmas que na sessão anterior apresentaram forte alta, o que denota um movimento de realização de lucros, amplificado por uma queda da cotação do minério de ferro no porto de Quingdao.
Foram os destaques negativos:
Vale (VALE5: R$ 13,80; -6,76%),
CSN (CSNA3: R$ 11,46; -11,98%),
Gerdau Metalúrgica (GOAU4: R$ 2,63; -11,15%),
Gerdau (GGBR4: R$ 7,47; -10,54%) e
Usiminas (USIM5: R$ 2,00; -9,91%)
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio novamente temos a atuação relevante do Bacen leiloando contratos de swap cambial reverso, o que contribuiu para a manutenção do patamar da paridade da divisa até meados da tarde, período após o qual novamente voltou a cair e marcar nova mínima desde agosto do ano passado, recuperando-se um pouco após novas investidas do Bacen findando o dia cotado a R$ 3,4780, uma queda de 0,23%.
Precificando menor percepção de risco por parte dos investidores, o CDS de 5 anos e o DI futuro apresentaram movimentos de retração. O CDS segue em tendência de queda no curto prazo, recuando hoje 7 pbs, encerrando a sessão em 337 pbs.
Já o contrato futuro de DI para abril de 2017 fechou em 13,18%, de 13,24% no ajuste anterior (-0,45%). O DI para janeiro de 2018 terminou em 13,1%, de 13,22% no ajuste anterior (-0,91%)enquanto o DI para janeiro de 2022 fechou em 13,16%, de 13,33% (-1,28%).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 14.04.2016, elaborado por RAFAEL FREDA REIS, CNPI, analista de investimento do BB INVESTIMENTOS