Diário do Mercado em 18.05.2016. 4ª feira
Dólar sobe 1,94% a R$ 3,5559 e Bovespa cai 0,55% a 50.561 pontos
Bovespa reverteu a leve alta do início da sessão após Ata do Fed, que trouxe discurso menos brando.
O Ibovespa encerrou o pregão hoje em queda de 0,55%, aos 50.561 pts, passando a acumular -2,40% na semana, -6,21% no mês, 16,64% no ano.
Preliminarmente, o giro financeiro da bolsa foi de R$ 7,09 bilhões, sendo R$ 6,75 bilhões no mercado à vista, com o Ibovespa somando R$ 5,35 bi.
Capitais Externos na Bovespa
No dia 16 de maio (último dado disponível), os investidores estrangeiros retiraram R$ 70,46 milhões da Bovespa, elevando o saldo negativo de maio para R$ 1,43 bilhão. Em 2016, no entanto, o acumulando seguiu positivo em R$ 11,86 bilhões.
Domesticamente, em dia de nenhum indicador de peso, o presidente interino Michel Temer e o ministro da fazenda Henrique Meireles reuniram-se com representantes de classes e outras autoridades visando a modelar e dar andamento à agenda de reformas que ainda estão para ser anunciadas, como a da reforma da previdência.
Também para uma data posterior, ficou o anúncio dos futuros nomes indicados para presidir os bancos públicos e, para segunda-feira, o anúncio da meta fiscal do governo.
Na agenda internacional, destacou-se a Ata do Fomc (Federal Open Market Commitee, a autoridade monetária que delibera acerca da taxa de juros interna dos EUA), que trouxe um teor menos brando.
A ata citou:
"a maioria dos dirigentes julgou que se os dados posteriores forem consistentes com a aceleração do crescimento econômico no segundo trimestre, as condições do mercado de trabalho continuarem a se fortalecer e a inflação fizer progresso rumo ao objetivo de 2% [do Fed], então seria provavelmente apropriado uma alta na taxa de juros em junho".
Enfim, apesar dos recentes dados da inflação monitorada pelo Fed, o núcleo do PCE (personal consumption expenditures price index), ainda não ter sinalizado nenhuma tendência ascendente, o mercado enxergou no documento uma "porta aberta" para a possibilidade de elevação dos juros pelo órgão em sua subsequente decisão, em 15 de junho próximo.
Cabe salientar que um aumento na taxa de juro interna dos EUA significa, na prática, reduzir o ritmo de um dos motores da economia global, além de promover uma maior escassez de dólares em circulação.
Sendo assim, após a divulgação desse viés, o mercado respondeu: o Ibovespa, que apresentava alta inverteu o sentido e o dólar, que já se apreciava perante o real na sessão, mas havia perdido o fôlego, renovou a máxima do dia (vide gráficos intraday ao lado).
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o Banco Central tornou à carga nos leilões de swap cambial reverso de dólar. Nesta 4ª feira, a divisa, auxiliada pela ata do fed avançou firme perante o real, fechando a R$ 3,5559 (+1,94%), acumulando agora -0,66% na semana, -3,40% no mês e 11,40% no ano.
O CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país) fechou hoje em 343 pts, uma elevação de 10 pts contra os 333 registrados ontem, firmando-se acima do importante nível de 330 pontos.
No mercado de juros futuros na BM&F, praticamente todos os vencimentos apreciaram-se.
Confira os relatórios de análise dos resultados relativos ao 1T16 das companhias cobertas por nossos analistas na p. 4.
Confira no anexo a íntegera do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 18.05, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI , ambos analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS
Artigos sobre Franchising e Mercados, Economia, Finanças e Gestão
Artículos en espanhol
Articles en français
Articles in English
Colunistas
Artes, Cultura e Variedades
Feiras e Eventos
Responsabilidade Sócio-Ambiental
Economia e Finanças
Política
Internacional
Meio Ambiente
Empresas Fornecedoras
