BB Investimentos analisa Klabin
Definido processo de capitalização para Projeto Puma
KLBN4
Preço em 25/10/2013 R$ 12,51
Preço para 12/2014 Em revisão
A Klabin anunciou, em 28.11.2013, o resultado da Assembleia Extraordinária realizada nesta data, por meio da qual o Conselho de Administração aprovou a emissão privada de 27,2 milhões de debêntures conversíveis em units, no valor total de R$ 1,7 bilhão, para dar andamento aos investimentos no Projeto Puma.
O Projeto Puma faz parte do processo de crescimento orgânico da Klabin, pois se trata de uma nova planta de produção de celulose, no volume de 1,5 milhão de toneladas por ano, sendo 1,1 milhão de fibra curta e 400 mil de fibra longa, mais especificamente fluff.
A perspectiva é de entrada em operação no 1T16 e investimentos – excluindo a floresta existente – de R$ 5,8 bilhões.
Dentre as principais características da nova estrutura de capitalização, destacamos:
1) a reforma estatutária que prevê a criação de units, cada uma composta por 1 ação ON e 4 ações PN, resultado da conversão das debêntures, além de permitir à companhia a adesão ao nível 2 da BM&FBovespa;
2) o preço fixado em R$ 62,50 por unit (ou R$ 12,50 por ação ON ou PN);
3) o direito de preferência aos acionistas, pelo prazo de 30 dias, para subscrição na proporção das ações de que forem titulares;
4) a conversão obrigatória e automática das debêntures em units em 8 de janeiro de 2019, com lock up de 18 meses;
5) juros remuneratórios de 8,0% a.a. sobre o valor nominal, bem como o direito à participação nos lucros da companhia com recebimento do mesmo valor bruto a que os detentores teriam direito caso já houvessem convertido a totalidade de suas debêntures em units.
Ressaltamos a celebração de contrato com os investidores Sheares Investments B.V. e HS Investimentos S.A., os quais se comprometeram a subscrever o valor equivalente em reais até US$ 550 milhões, o que garante boa parte da subscrição prevista pela companhia e o sucesso da capitalização.
Considerações
Acreditamos que esse anúncio é positivo para a Klabin, já que diminui o risco de overhang dada a característica de longo prazo do portfólio dos investidores, segundo a companhia, e o mercado voltará a focar nos sólidos fundamentos que a Klabin e o setor possuem, além das perspectivas de crescimento no longo prazo.
Apesar de o risco de diluição continuar presente no longo prazo, a geração adicional de caixa com a nova planta de celulose e a possibilidade do investimento em uma nova máquina de cartão devem potencializar os resultados da companhia, além da própria melhora de governança e do aumento de liquidez dos papéis.
Como não estávamos considerando o projeto em nosso modelo, colocamos o preço da Klabin em revisão. Estamos confiantes que a resposta pelo mercado será positiva e que o potencial upside dos papéis deverá ser observado já nos próximos pregões.
Confira em anexo o relatório sobre a KLABIN, elaborado por Victor Penna, analista do BB Investimentos.
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