Batatada Egípcia de Bolsonauro promete grandes estragos no comércio exterior brasileiro
Ainda não superado o mal-entendido com a China, principal parceiro comercial do Brasil, para onde se dirigiram no domingo, 04.11, representantes do empresariado vinculado à FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, para deter os desdobramentos negativos das batatadas pró-Trump de Bolsonaro, contra a China, nova intriga causada por Bolsonaro aflige agora as relações Egito-Brasil.
O Jornal O Estado de São Paulo noticia nesta 2ª feira, 05.11.2018, que o governo do Egito aditou sine die a visita que o ministro Aloisio Nunes, das Relações Exteriores do Brasil, faria àquele país entre os dias 08 e 11 próximos.
Uma comitiva de 20 empresários brasileiros já está no Egito para o encontro que aconteceria com representantes do setor privado egípcio. Cancelada a rodada de negócios, terão todos de retornar ao Brasil.
O ministro Aluísio Nunes iria encontrar-se com o presidente do Egito, Abdel Fattah El-Sisi, e também com o ministro Sameh Shoukry, que apresentou como justificativa oficial para o cancelamento do encontro compromissos inadiáveis daquelas autoridades.
Todavia, comentários reservados indicaram que o verdadeiro motivo para o cancelamento foi a decisão de Bolsonaro de transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalem, o que representou um ponto de inflexão na diplomacia brasileira que, por décadas, tem apoiado a causa palestina.
Merece destaque que os países árabes são o quinto maior destino de exportações brasileiras e que o Egito não é absolutamente o mais radical dentre os países arabes, a respeito da causa palestina, por reconhecer o Estado de Israel e ter deixado no passado uma postura belicista. O que sinaliza que os demais países árabes poderão adotar medidas retaliatórias comerciais contra o Brasil.
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