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Investimentos

30 de Abril de 2016 as 22:04:20



INVESTIMENTOS - NATURA - Resultados no 1º Trimestre/ 2016: Surpresa Ruim


NATURA  -  Resultados no 1º Trimestre de 2016
 
Uma Surpresa Ruim
28 de abril de 2016
 
Os resultados da Natura no 1T16 vieram negativos, com números abaixo do consenso de mercado.
 
O top line foi impactado pelo desempenho da operação brasileira, na qual as vendas apresentaram uma forte deterioração, prejudicadas principalmente pelo cenário desfavorável ao consumo.
 
A rentabilidade também foi impactada pela divisão nacional, devido a uma maior carga tributária desde o 2T15 (com aumentos especialmente nas alíquotas de IPI e ICMS).
 
As operações internacionais, por outro lado, continuaram a apresentar uma performance de vendas sólida e uma rentabilidade crescente.
 
No bottom line, além dos fatores acima mencionados, efeitos não caixa no valor de R$ 77 mi levaram a companhia a reportar um prejuízo líquido de R$ 69 mi, o primeiro prejuízo trimestral da empresa em pelos menos dez anos.
 
Do lado positivo, destacamos o anúncio do lançamento da primeira loja física da Natura aberta ontem, em São Paulo, que deve servir como um projeto piloto para a futura abertura de mais unidades.
 
Durante a teleconferência para apresentação dos resultados do 1T16, o management também divulgou que, daqui pra frente, a plataforma de e-commerce da Natura vai permitir que os consumidores façam compras de forma direta (sem a necessidade de intermediação de uma consultora, como era antes) o que, em nossa visão, deverá ampliar o poder de alcance deste canal de vendas.
 
Para a Natura, 2016 será um ano de reorganização da sua estrutura interna e estratégia.  De acordo com o management, será um período importante para que a companhia se torne mais forte para quando o cenário macroeconômico começar a mostrar algum sinal de recuperação. 
 
Neste sentido, pelo menos por enquanto, decidimos manter nossas estimativas inalteradas, mas ficaremos alerta em relação aos resultados dos próximos trimestres, especialmente no que se refere ao 2T16, quando a Natura contará com o Dia das Mães para acelerar seu top line.
 
Assim, nosso preço alvo para ATU3 para o final de 2016 permaneceu em R$ 26,50 e a recomendação se manteve em Market Perform. NATU3 está sendo negociada a 18,1x P/L e 8,9x EV/EBITDA para 2016, um desconto em comparação à média de mercado de 20,0x e 10,5x, respectivamente.
 
Top line.
 
A receita bruta consolidada aumentou em 5,2% A/A no 1T16, beneficiada pelas operações internacionais em conjunto com a taxa de câmbio favorável. 
 
Na Aesop, as vendas expandiram impressionantes 96,4% no período, para R$ 143 milhões (+53,0% em moeda local), em função do ritmo acelerado de novas lojas (43 nos últimos 12 meses) e pela forte performance das vendas em mesmas lojas (acima de 20%).
 
Na Latam, as vendas aumentaram em 31,8% no trimestre (+29,3% em moeda local), devido ao aumento de 16,7% A/A no número de consultoras e à expansão de 17,3% A/A no número de itens vendidos (para 24 milhões). 
 
No Brasil, por outro lado, as vendas caíram 5,4% do 1T15 para o 1T16, impactadas pela retração de 11,4% no volume de produtos vendidos (para 104 mi), apesar do aumento de 4,5% no número de consultoras (1,34 mi), refletindo o cenário macro desfavorável.
 
A receita líquida consolidada cresceu em um ritmo mais lento que a bruta, cerca de 2,9% A/A, impactada principalmente pela maior carga tributária na operação nacional, que totalizou R$ 54 milhões no trimestre, em decorrência de:
 
(i) o início da incidência de IPI para os distribuidores de cosméticos desde maio/2015 (a Natura por enquanto só está provisionando os valores, pois está contestando seu pagamento na justiça) e 
 
(ii) o aumento dos tributos na maioria dos estados brasileiros, como ICMS e MVA (margem de valor agregado). 
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise dos resultados da NATURA, no 1º trimestre/2016, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, CNPI, Analista Senior, e VICTOR PENNA, CNPI Analista Chefe, responsaveis pelos estudos sobre o segmento de Varejo e Bens de Consumo do BB INVESTIMENTOS. 
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARIA PAULA CANTUSIO, CNPI, Analista Senior, e VICTOR PENNA, CNPI Analista Chefe, responsaveis pelos estudos sobre o segmento de Varejo e Bens de Consumo do BB INVESTIMENTOS.





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