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Economia e Finanças

18 de Janeiro de 2018 as 03:22:06



EDITORIAL - FEBRABAN, A Expoliação Continua


 

Desde a Reforma Bancária de 1.971, promovida e liderada pelo então ministro da Fazenda, Antônio Delfim Neto, a FEBRABAN promete sem jamais cumprir a queda dos juros. 
 
Até aquela ocasião o mercado bancário era um mercado competitivo, mas uma gigantesca concentração bancária foi apoiada pelo governo federal, com subsídios e incentivos fiscais pagos pelos contribuintes, sob argumento de que a redução de custos e a elevação da escala viabilizariam a esperada redução de juros dos financiamentos e preços das operações bancárias às empresas e à população.
 
Desde então, a concentração bancária intensificou-se e, como em todo oligopólio, os bancos definem suas margens astronômicas e lucros estupendos e crescentes, enquanto literalmente quebram as famílias e os demais setores menos concentrados da economia do País, em meio às recorrentes crises sistêmicas.   
 
Poderosa, com livre acesso ao Estado, comandando a indicação e escolha dos dirigentes do Banco Central do Brasil, a Febraban e sua representada, a Banca, escapam com galhardia das quedas de braço e tentativas do CADE que, não poucas vezes, buscou caracterizar como criminosa a cartelização do mercado bancário brasileiro.
 
Incólume, a Banca tem aplicado em contrário a alegação --  vencedora em votação  dos ministros do STF  --  de que o Banco Central é regido por uma lei especiífica, a Lei 4.595, de 31.12.1965, a qual garantiria ao Banco Central a hegemonia e exclusividade no controle da concentração no mercado financeiro, afastando assim as incursões fiscalizatórias e processos e julgamentos promovidos pelo CADE.
 
E a Febraban, representante dos grandes bancos, em nada admoestada pelo Banco Central, mantém em sua equipe os mais competentes jornalistas e especialistas em finanças e comunicação social para viabilizar o discurso ameno, bom-mocista e pretensamente científico para obnubilar olhos e mentes e ocultar a expropriação indébita que promove diuturnamente aplicando juros e taxas escorchantes ao mercado financeiro em que reina.
 
Neste momento, após seu estrondoso sucesso na derrubada da presidente Dilma Rousseff  -- compartilhada com FIESP, FIRJAN, CNC et caterva --  mandatária audaciosa que ousou impor-lhe a redução de juros e a tributação com IOF de 6% incidente sobre o movimento especulatório em operações cambiais, a Febraban, uma vez mais pretende tirar de si a responsabilidade dos juros cartelizados que promove, sob o beneplácito do Banco Central dominado, e busca negociar com o ministro Henrique Meirelles a redução de impostos incidentes sobre a atividade bancária, sob argumento de que assim poderia reduzir os juros siderais cobrados pelos bancos.
 
Enfraquecido pelo recente rebaixamento da nota de risco do País pela Standard & Poors, pelo fracasso de sua Reforma da Previdência, e, ainda, acossado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, candidato a presidência da República, é bastante improvável que Meirelles, igualmente candidato ao Palácio do Planalto, venha a  negar apoio à Febraban nesse pleito. 
 
E isso tem um significado: Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Foi reduzido a zero o IOF de 6% incidente sobre as operações especulatórias dos bancos no mercado de câmbio futuro; à queda da SELIC pelo COPOM não tem provocado a redução dos juros cobrados pelos bancos das empresas e dos correntistas pessoas físicas, de modo a garantir margens elevadas de lucros dos bancos. 
 
Nenhuma redução dos juros irá acontecer. A expoliação continuará na cara dura.
 


Fonte: da REDAÇÃO JF





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