Diário do Mercado na 4ª feira, 02.01.2019
Bolsa inicia 2019 renovando sua máxima histórica
Comentário.
Descolado dos mercados acionários estrangeiros, o Ibovespa encerrou acima dos 91 mil pts (+3,6%), refletindo o otimismo dos investidores com o andamento da agenda de reformas sinalizado pelo governo recém empossado.
O apoio da bancada do governo à reeleição do Presidente da Câmara incrementou a citada percepção positiva do mercado, levando à renovação dos recordes de fechamento e intradiário do índice.
No mercado de câmbio, o dólar perdeu força no exterior e desvalorizou firmemente por aqui, fechando cotado a R$ 3,80 (-1,8%). O que também contribuiu para o fechamento da curva de juros futuros, que bateram mínimas históricas.
Ibovespa.
O índice doméstico abriu em queda, mas reverteu tendência no início da tarde renovando tanto o recorde intradiário como o de fechamento. Em sua máxima o índice atingiu os 91.475 pts (+4,09%).
No fechamento, entre as altas, destaques para o setor de bancos e Petrobras. Já Eletrobrás e Sabesp registraram os maiores avanços em termos percentuais. Na outra ponta, Embraer e Rumo foram os maiores recuos ponderados.
O Ibovespa fechou aos 91.012 pts (+3,56%) no primeiro pregão do ano, acumulando +16,85% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,2 bilhões, sendo R$ 16,6 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 27 de dezembro (último dado disponível), houve saída líquida de capital estrangeiro de R$ 521 milhões, o saldo negativo em dezembro passou a R$ 2,1 bilhão. No ano, o déficit situa-se em R$ 11,6 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IPC-S subiu 0,29% em dezembro, segundo dados da FGV, acelerando 0,19 p.p. da última taxa registrada. Dentre as classes que compõe o indicador, Habitação foi a que mais contribuiu para o aumento, passando de -0,13% para 0,20%. Já o PMI da indústria brasileira apresentou um recuo moderado em dezembro de 2018, passando de 52,6 pontos ante 52,7 pontos em novembro. No trimestre, a média do índice foi de 52,1 pontos, o nível mais elevado desde o primeiro trimestre de 2018, gerado principalmente pelo aumento da demanda interna.
Nos EUA, o PMI industrial registrou leve recuo a 53,8 pontos, ante 53,9 em novembro, pontuação mínima em 15 meses.
Câmbio e CDS.
A divisa norte americana perdeu forças no primeiro dia de pregão do ano, acompanhando comportamento majoritário da moeda no exterior e refletindo o otimismo com o cenário doméstico. O real apresentou o maior ganho entre as 16 principais moedas globais.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,8040 (-1,83%), acumulando alta de 16,76% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos recuou a 206 pontos ante 210 pontos da última sessão.
Juros.
Os juros de médio e longo prazo encerraram a sessão regular em queda, puxados pela queda do dólar. O DI para janeiro de 2025 caiu abaixo de 9%, registrando o menor nível desde 2010.
Para quinta e sexta-feira.
No Brasil: Utilização da capacidade CNI e IPC (FIPE).
EUA: Empregos ADP, Atividade manufatura Fed Dallas e Payroll.
China: PMI Manufatura.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 02.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos.
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