Diário do Mercado na 5ª feira, 10.01.2019
Com ligeiro avanço, Ibovespa renova recorde pela 6ª vez no ano
Comentário.
Em sessão volátil tanto domesticamente como no exterior, o Ibovespa fechou com ligeira alta de 0,21% se aproximando dos 94 mil pts.
A pauta mais vazia no noticiário local e a ausência de informações mais acuradas sobre as negociações entre China e EUA elevaram o peso da fala do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre os próximos passos da política monetária norte americana.
Powell reiterou a ideia expressada na ata do Fomc de 3ª feira, indicando maior gradualismo nos movimentos de elevação dos juros dos EUA, não obstante, disse também que o balanço da Instituição deve diminuir substancialmente, as quais geraram interpretações ambíguas.
Por aqui, no mercado de câmbio, o dólar avançou a R$ 3,70 (+0,65%) e os juros futuros seguiram o mesmo caminho agregando prêmios em toda a curva.
Ibovespa.
O índice sofreu com a volatilidade dos pares de NY e houve ausência de drivers de protagonismo doméstico. O Ibovespa voltou a se aproximar das máximas no fim do pregão, renovando, novamente, o recorde de fechamento, próximo dos 94 mil pts.
Entre os destaques de alta estão Banco do Brasil e Ambev. Na ponta oposta, Petrobras e Vale recuaram, na esteira da desvalorização do petróleo e do minério no mercado internacional.
O Ibovespa fechou aos 93.805 pts (+0,21%), acumulando alta de 6,73% no mês e no ano e de 19,96% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,4 bilhões, sendo R$ 14,0 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 08 de janeiro (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 716 milhões, o saldo negativo de janeiro passou a R$ 1,1 bilhão.
Agenda Econômica.
A prévia do IGP-M acelerou a 0,03% em janeiro, ante recuo de 1,16% na medição de dezembro, segundo dados da FGV. O IPC-Fipe sofreu uma deflação de 0,06% na primeira semana de janeiro, dos grupos que compõe o índice os que mais contribuíram para a desaceleração foram: despesas pessoais (0,77% para 0,37%), vestuário (0,20% para 0,06%) e saúde (0,27% para 0,12%).
Câmbio e CDS.
Após duas quedas consecutivas, o dólar orbitou ao redor da estabilidade durante boa parte da sessão até acelerar alta no fim da tarde, chegando a valer R$ 3,72 na máxima intradiária. No exterior, o real registrou um dos piores desempenhos em uma cesta com as moedas emergentes.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,7070 (+0,65%), acumulando uma queda de -4,34% no mês e uma alta de 14,59% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos subiu a 183 pontos ante 183 pontos da última sessão.
Juros.
A curva de juros futuros reagiu ao avanço moderado do dólar, encerrando a sessão regular em alta em todos pontos da curva.
O DI para janeiro de 2020 passou de 6,58% para 6,65%. O DI para janeiro de 2021 fechou em 7,46% ante 7,36% de ontem. O DI para janeiro de 2023 terminou em 8,48% de 8,39% da véspera.
Para sexta-feira.
No Brasil: IPCA.
EUA: IPC e Pedidos de bens duráveis.
Reino Unido: Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 10.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos.
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