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Editorial

01 de Agosto de 2019 as 17:08:38



EDITORIAL Wilbur Ross vem dar o fecho à ação destruidora lavajatista


WILBUR ROSS, Secretário Comercio dos EUA
Editorial
Wilbur Ross vem dar o fecho à ação destruidora lavajatista
 
Após o estrago proporcionado pela operação Lava Jato no segmento econômico brasileiro da indústria de construção pesada e civil, de que resultou o apequenamento, os pedidos de concordata e a situação pré-falimentar de empresas gigantes como foram OAS, Camargo Correa, Odebrecht, Andrade Gutierrez, empresas norte-americanas de engenharia espreitam oportunidades no mercado brasileiro, de participação em concorrências estabelecidas pelo governo brasileiro em obras pelo País afora.
 
Nesses dias o governo brasileiro recebe a visita do secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross; e com ele assina nessa 5ª feira, 01.08, um protocolo de concessões. Ross informa que empresas norte-americanas almejam ampliar sua presença em projetos de infraestrutura no Brasil. 
 
“Encontrei hoje o ministro da Infraestrutura [Tarcísio Freitas] e fiquei impressionado com os detalhes de planos que em breve serão apresentados. O governo [brasileiro] está se movendo. Penso que isso é muito importante para quem está preocupado em fazer investimentos aqui. Eu estaria menos tenso aqui no Brasil do que em alguns outros lugares”, 
 
declarou Ross em participação no Fórum Anual de Liderança em Infraestrutura da América Latina, em Brasília.
 
De acordo com o secretário, o Departamento do Comércio dos EUA vem apoiando as empresas de seu país com a ajuda de equipes de negócios instaladas em pontos estratégicos do Brasil. 
 
“Os EUA desejam ser parceiros preferenciais dos projetos [de infraestrutura] na América Latina. Nossas empresas oferecem expertise, inovações, integridade e demanda de valor para oportunidades em infraestruturas cruciais”, 
 
afirmou o secretário de estado.
 
Informa a Agência Brasil que o Ministério da Infraestrutura revelou em nota que, durante o encontro com Ross, foi apresentada uma carteira com os principais projetos para investimentos privados em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, com destaque para 41 concessões de aeroportos previstas; leilões, arrendamentos e desestatizações de terminais portuários; e planos para concessões do setor ferroviário.
 
Interessante observar que se trata de atividade corriqueira membros de governos estrangeiros visitarem o Brasil na busca de abrir espaços para exportações de produtos e serviços de suas empresas ao nosso País. 
 
Para exemplificar, o presidente Obama, dos EUA, em março de 2011, o então presidente francês Nicolas Sarkosy, em setembro de 2009, e também o presidente russo Vladimir Putin, em julho de 2014, os três estiveram em viagem ao Brasil, naquelas ocasiões, para buscar influir na escolha dos aviões militares caças produzidos por suas empresas nacionais, na concorrência internacional promovida pelo governo brasileiro para modernização dos meios de defesa aérea do País.
 
Obama, em particular, buscou adicionalmente a liberação de exportações de urânio brasileiro in natura aos EUA, para enriquecimento e destinação á produção de energia elétrica em novas usinas nucleares de capital privado autorizadas por seu governo, bem como pediu a viabilização do acesso de empresas norte-americanas, a Exxon em especial, à exploração do Pré-Sal.
 
Tal como esses três presidentes celebridades internacionais, o presidente Lula igualmente levou ao exterior representantes do empresariado brasileiro dos mais diversos segmentos, para apresentá-los ao mercado internacional e gerar exportações para o Brasil, no que foi bem sucedido quadruplicando o montante das exportações em seu mandato.
 
O mesmo veio fazer no Brasil o secretário norte-americano de Comércio, Wilbur Ross. E nada há em princípio de ilegal ou errado nisso, a despeito de a Lava Jato ter identificado nesse gesto do presidente Lula indício de imoralidade, em uma cretinice sem tamanho.
 
Contudo, nesse caso específico da visita de Wilbur Ross, há indicio claro de imoralidade.
 
Desde o início da presente década empresas norte-americanas de engenharia pesada preocupavam-se com a proeminência das empresas brasileiras desse ramo e sua presença destacada em nações árabes, fator que certamente favoreceria as empresas brasileiras nos contratos que já se anteviam voltados à reconstrução da infraestrutura do Iraque, do Líbano, da Síria, destruída pelas guerras constantes.
 
De meras suspeitas no passado recente, hoje há claros indícios que evidenciam que uma das missões da operação Lava Jato e da ação do Juiz da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba foi a inviabilização econômica das empresas brasileiras de engenharia pesada, como mecanismo extra-mercado para derivar ganhos concorrenciais às empresas norte-americanas naqueles mercados externos, em uma incumbência atribuída pelo Departamento de Justiça dos EUA em ação conjunta com o Departamento de Estado norte-americano.
 
Sob essa perspectiva, a visita do sr. Wilbur Ross materializa a estratégia das empresas norte-americanas -- declaradamente apoiada pelo Estado norte-americano  --  de controle do segmento da construção pesada no mercado exterior e também do mercado interno do brasileiro. 
 
Importante que seja lembrado, nesse momento, que o surgimento das industrias brasileiras de construção pesada deu-se a partir da negativa das empresas norte-americanas e do próprio governo dos EUA de empreender, ainda nos anos 60, a construção da hidrelétrica de Itaipu, solicitada pelo governo brasileiro à época.
 
O Brasil não possuia capacitação técnica àquela época para tão grande empreendimento. Trata-se da maior hidrelétrica do planeta e não interessava ao governo norte-americano a abundância de energia elétrica no Brasil, fatos que viabilizaria o surgimento de uma indústria brasileira forte que poderia fazer sombra às exportadoras norte-americanas de produtos industrializados ao País. Do posicionamento estratégico dos EUA contrário à criação de Itaipu, surgiu o esforço brasileiro de capacitação para grandes obras.
 
As empresas brasileiras de construção pesada tocam ou tocavam até recentemente projetos estratégicos para o País, tais como a construção do submarino nuclear, a usina nuclear Angra III e estavam envolvidas em projetos das demais usinas nucleares e hidrelétricas anunciadas pelo ministério das Minas e Energia, no governo Dilma.
 
A história ensina como proceder para não cometer os mesmos erros. O parceiro que se apresenta não é confiável, por mais amigáveis e respeitáveis que eventualmente possam parecer seus emissários.
 
O Deep State norte-americano é o verdadeiro adversário. E um governo realmente brasileiro não cederia aos apelos de Wilbur Ross. Buscaria, ao contrário, meios de fortalecer empresas de engenharia pesada brasileiras, pois sua tecnologia ainda é resgatavel e sua mobilização resultaria em ativação da economia do País.
 
Ademais, o Brasil tem admiravel história de comércio junto aos paises em desenvolvimento, árabes, latino-americanos e africanos, notadamente. Conhecendo esse histórico brasileiro, o empresariado e os governos desses países estão neste momento estupefatos com a nova postura tresloucada do governo brasileiro; e mantêm tudo em suspenso, no aguardo de novos desdobramentos políticos que façam o País voltar ao eixo de sua persona.
 
Estão acontecendo certamente perdas de imagem, de confiança e de respeito internacional, neste mandato presidencial. A notícia boa é que abre-se a possibilidade do quadro negativo vir a ser revertido e o País resgatado aos brasileiros pelos próprios brasileiros, com o afastamento que já se prenuncia do agente de perdição ora instalado no Palácio do Planalto.


Fonte: da Redação JF

 
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