Diário do Mercado na 2ª feira, 20.07.2020
Clima positivo leva a bolsa para acima dos 104 mil pontos
Comentário.
Em mais um dia de bom humor no mercado externo, as principais bolsas do mundo fecharam o dia em alta. Nos EUA, as bolsas em Nova Iorque ganharam força ao longo do dia com o noticiário positivo em torno do desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.
Na Europa, a expectativa quanto ao fechamento do acordo sobre o pacote de estímulos animou os investidores e as bolsas da região fecharam majoritariamente em alta.
Aqui no Brasil, além do clima positivo no exterior, ainda ecoam as perspectivas quanto à retomada da agenda de reformas, sobretudo a reforma tributária. Em mais um dia de valorização, o Ibovespa retomou o patamar dos 104 mil pontos com uma alta de 1,49%. No câmbio, o real apresentou o melhor retorno em relação a uma cesta composta pelas 34 principais moedas do mundo. Aqui, o dólar comercial fechou o dia cotado a R$5,34. Em meio ao clima de otimismo, os juros futuros operaram durante boa parte do dia em queda, mas, no final da sessão, acabaram retornando para o mesmo patamar de abertura.
Ibovespa.
O índice abriu em alta e manteve a tendência ao longo de todo pregão atingindo a máxima do dia em 104.438 pontos, pouco antes do fechamento. Com a valorização de 1,49%, registrada hoje, a bolsa acumula uma alta de 9,86% no mês de julho.
Entre as maiores altas do dia, os destaques foram as ações do segmento de varejo e também do setor de telecomunicações. Via Varejo (VVAR3) teve o melhor desempenho do pregão com uma alta de 7,35%.
Por outro lado, as ações da Sabesp apresentaram a maior queda do dia com desvalorização de quase 2%. O giro financeiro preliminar da Bolsa foi de R$ 39,5 bilhões, sendo R$ 24,7 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 16 de julho (dado mais recente), os investidores estrangeiros retiraram R$ 411,325 milhões da B3, aumentando o saldo negativo do mês para R$ 6,161 bilhões. No acumulado de 2020, os investidores já retiraram R$ 82,666 bilhões.
Câmbio e CDS
O noticiário positivo em torno da vacina contra a Covid-19 e a expectativa do acordo em torno do pacote de estímulos na Europa fizeram com que o dólar se desvalorizasse frente às principais divisas.
Por aqui, a retomada das discussões em torno da reforma tributária fortaleceu a moeda brasileira, que terminou o dia com o melhor desempenho na comparação com as principais moedas do mundo.
No mercado doméstico, o dólar comercial fechou a sessão cotado a R$ 5,3340 (-0,92%).
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) caiu de 233 para 225 pontos.
Juros.
Os juros futuros operaram durante boa parte do dia em queda, mas, no final da sessão, acabaram retornando para o mesmo patamar de abertura. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI outubro/2020 se manteve em 2,05%;
DI janeiro/2021 se manteve em 2,03%;
DI janeiro/2022 caiu de 2,92% para 2,92%;
DI janeiro/2023 caiu de 4,03% para 4,01%;
DI janeiro/2025 se manteve em 5,49%;
DI janeiro/2027 subiu de 6,29% para 6,31%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 20.08.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, e HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos integrantes do BB Investimentos