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Internacional

16 de Fevereiro de 2021 as 17:02:45



THINK TANK americano propôs a Biden fazer uma "Primavera Árabe" na BieloRussia


Aleksander Lukashenko, presidente eleito da Bielorússia
 
A economista Kayla Popuchet denuncia think tank sediado em Washinton, o Conselho Atlântico, por propor a Joe Biden, presidente dos EUA, fazer 'mudança de regime' na Bielorrússia, onde Aleksandr Lukashenko (pró-Moscou) está no poder desde 1994, vencedor em 6 eleições presidenciais sucessivas.
 
O Conselho Atlântico detalhou um plano com o objetivo de remover do poder Aleksandr Lukashenko, atual presidente da Bielorrússia [pró-Moscou], incluindo "um grupo de sanções para mudança de regime [pró-Washington]", segundo especialista.
 
O recém-realizado encontro on-line do think tank Conselho Atlântico visa "forçar mudança de regime" na Bielorrússia, 
 
afirmou a economista Kayla Popuchet, doutora em Estudos Eslavos na Universidade da Cidade de Nova York, em entrevista à Sputnik, na qual faz crítica aguda à proposta do think tank Conselho Atlântico, por seu desrespeito ao princípio de autonomia da nação bielorussa.
 
O Conselho Atlântico
 
O Conselho Atlântico busca promover a hegemonia ocidental e um mundo unipolar, isto é, sob domínio dos EUA, entende Kayla Popuchet.
 
Segundo ela, trata-se de uma organização afiliada à OTAN, que "recebe seu financiamento de bilionários internacionais como Adrienne Ascht, empresas multimilionárias como Goldman Sachs, Facebook e Google, assim como a Fundação Rockefeller e a Fundação JPMorgan Chase, para citar apenas alguns", e da qual participam "algumas das figuras ocidentais mais poderosas do mundo", bem como um representante de Svetlana Tikhanovskaya, principal figura de oposição na Bielorússia.
 
Como se fabrica uma 'primavera árabe' na Bielorússia
 
Os objetivos do encontro on line do think tank Conselho Atlântico foram, segundo a economista Kayla Popuchet:
 
► Organizar o governo dos EUA para controlar o movimento de oposição acrescentando uma posição de organizador sênior para administrar e reimpor/manter sanções contra a Bielorrússia, e nomear um responsável sênior para administrar a assistência à oposição.
 
► Reconhecer a posição de Svetlana Tikhanovskaya como a verdadeira líder da Bielorrússia e deslegitimar o presidente Aleksandr Lukashenko enviando a recém-nomeada embaixadora dos EUA na Bielorrússia, Julie Fisher, a Vilnius, em vez de Minsk.
 
► Dobrar o valor do financiamento pelo Congresso dos EUA à RFERL Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade, mídia financiada pelo governo dos EUA, o que significa que seu orçamento atual de US$ 117,4 milhões (R$ 630,46 milhões) saltaria para US$ 234,8 milhões (R$ 1,26 bilhão).
 
► Aconselhar os líderes da oposição bielorrussa a não assustar a Rússia falando em aderir à União Europeia e/ou à OTAN. John Herbst, antigo embaixador dos EUA na Ucrânia e Uzbequistão, sugeriu aos líderes da oposição "reduzir as aspirações da oposição bielorrussa de se envolver nos conselhos de segurança e estruturas econômicas ocidentais".
 
Corrigindo a proposta do think tank, mas entendendo que Aleksander Lukashenko deve ser obrigado a deixar a presidência, a economista Anders Aslund sugeriu que sejam aplicadas sanções a empresas da Rússia, e não à Bielorrússia. Ela argumentou que, caso contrário, Minsk ficaria mais dependente de Moscou.
 
Ela também aconselhou sancionar "centenas" de personalidades bielorrussas, afirmando que "o objetivo das sanções é colocar pressão suficiente sobre a Bielorrússia para que Lukashenko tenha que deixar o poder. Este é realmente um grupo de sanções para mudança de regime".
 
Oposição bielorussa já recebe US$ 60 mlhões/ano
 
Além disso, Popuchet lembra que o think tank sugeriu que os EUA aumentem o financiamento à oposição bielorrussa de US$ 60 milhões (R$ 322,2 milhões) para US$ 200 milhões (R$ 1,07 bilhão), dizendo que esse valor veio dos ativistas bielorrussos.
 
"... Estas medidas existem inteiramente para forçar a mudança de regime em uma nação soberana. A missão do Conselho Atlântico é forçar os EUA a controlar o movimento bielorrusso com o objetivo de derrubar Lukashenko e, ao mesmo tempo, afirmar que isto é para respeitar a soberania bielorrussa".
 
"Eles não respeitam a soberania nem a autodeterminação do povo bielorrusso, eles simplesmente desejam que o Ocidente os instale como proprietários da nação,"
 
comenta Kayla Popuchet em crítica à oposição bielorussa liderada por Svetlana Tikhanovskaya.
 
A tentativa de forçar a mudança de regime na Bielorrússia terá efeitos mais nefastos além-fronteiras, adverte Kayla Popuchet, que apela a que o povo bielorrusso decida o destino político do país de forma orgânica, pois ...
 
"... se a administração Biden assumir as recomendações do Conselho Atlântico em algum momento, isso não só causaria uma tensão significativa e dividiria ainda mais a Bielorrússia, mas também aumentaria as tensões entre os EUA e a Rússia, que já estão tensas como estão."
 
O Conselho Atlântico "promove a hegemonia ocidental e um mundo unipolar", sublinha Popuchet.


Fonte: SPUTNIKNEWS. Copidescagem, chamada de capa e subtÍtulo da Redação JF





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